A bioquímica húngara Katalin Karikó e o médico norte-americano Drew Weissman receberam o prêmio Nobel de Medicina de 2023, pela contribuição no desenvolvimento da vacina contra a covid-19. A dupla dividiu um prêmio no valor de 11 milhões de coroas suecas, ficando cada um com cerca de R$ 5 milhões. Eles também receberam diplomas e medalhas de ouro de 18 quilates.
A Fundação Nobel disse no momento do anúncio que os cientistas foram premiados por “suas descobertas inovadoras, que mudaram fundamentalmente a nossa compreensão de como o mRNA interage com o nosso sistema imunitário, os laureados contribuíram para a taxa sem precedentes de desenvolvimento de vacinas durante uma das maiores ameaças à saúde humana nos tempos modernos”.
Katalin Karikó foi a responsável por descobrir uma forma de evitar reações alérgicas inflamatórias desencadeadas pelo mRNA produzido em laboratório, o que era considerado um obstáculo que dificultava o seu uso. Em uma parceria com o Dr. Weissman, médico e professor de pesquisa de vacinas na Escola Perelman, a dupla demonstrou que alguns ajustes realizados nos nucleosídeos — as unidades moleculares que compõem o código genético do mRNA —, podem eficazmente evitar a detecção do mRNA pelo sistema imunológico. Eles publicaram o resultado da pesquisa em 2005.
Karikó é docente na Universidade de Szeged, na Hungria, e professora adjunta da Escola de Medicina Perelman da Universidade da Pensilvânia. A bioquímica também foi vice-presidente sênior e chefe de substituição de proteínas de RNA na BioNTech até 2022. Atualmente ela atua como consultora na empresa. Ela é a 13ª mulher que recebeu o Nobel de Medicina.
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