Um dos suspeitos de assassinar 10 pessoas a facadas em duas comunidades indígenas remotas na Província de Saskatchewan, no Canadá, foi encontrado morto nesta segunda-feira, 5, pela polícia. Segundo autoridades, o corpo identificado apresenta uma série de ferimentos. Um segundo suspeito continua foragido. A polícia acredita que este também esteja ferido e em busca de atendimento médico.
Os dois suspeitos foram identificados como Demien Sanderson, de 31 anos, e Myles Sanderson, de 30. Os dois foram identificados como irmãos nesta segunda-feira. O corpo encontrado até o momento é do primeiro.
Segundo Rhonda Blackmore, comissária assistente da polícia do Canadá, o corpo estava ao ar livre em um matagal, próximo a uma casa que agora é investigada. “Podemos confirmar que ele tem ferimentos visíveis, mas não se acredita que essas lesões sejam auto infligidas neste momento”, declarou.
O corpo foi encontrado no segundo dia da caçada aos suspeitos de terem realizado um assassinato em massa com facas que deixou 10 mortos e ao menos 18 feridos, em um crime tratado como um dos mais mortais da história do Canadá. Os ataques aconteceram no domingo, 4, em localidades distintas de Saskatchewan, incluindo as comunidades de James Smith Cree Nation e Weldon, e 13 cenas de crime estão sendo investigadas.
As autoridades afirmam que parte das vítimas foram escolhidas deliberadamente, enquanto outras parecem aleatórias. Os motivos do crime ainda são desconhecidos.
Embora as autoridades acreditem que Myles esteja na cidade de Regina, cerca de 335 quilômetros ao sul de onde os esfaqueamentos aconteceram, eles emitiram alertas em outras duas províncias do Canadá, Manitoba e Alberta, além de Saskatchewan. Com o suspeito ainda foragido, o medo assola comunidades na zona rural de Saskatchewan.
A polícia deu poucos detalhes sobre os homens. Em maio passado, a delegacia de Saskatchewan emitiu uma lista de procurados que incluía Myles Sanderson, escrevendo que ele estava “ilegalmente à solta”.
O ataque choca o Canadá, que se orgulha da sua civilidade, e já é considerado um dos piores da história recente do país. A brutalidade do crime reverberou nesta segunda-feira. “Como canadenses, lamentamos com todos os afetados por essa trágica violência”, acrescentou Trudeau.
Apesar do histórico de país pacífico, o Canadá enfrenta uma onda de violência contra os indígenas. A atenção sobre esse fenômeno cresceu nos últimos anos, em parte por causa de novas descobertas sobre a extensão da violência e discriminação geral no país. No ano passado, por exemplo, autoridades descobriram uma suspeita de sepulturas em uma antiga escola residencial na Colúmbia Britânica.
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