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Taiwan aumenta gastos de defesa em resposta às ameaças militares da China

O aumento dos gastos ocorre após a China intensificar exercícios militares na fronteira do país.

O governo de Taiwan anunciou nesta quinta-feira, 25, o aumento recorde de 13,9% nos gastos com defesa para 2023, de olho em novos caças e mísseis para impedir uma potencial invasão chinesa. Ao incluir um fundo especial para compra de equipamento militar, o total será de US$ 19,4 bilhões, ou 2,4% do PIB projetado. O anúncio não incluiu detalhes de compras específicas.

O aumento ocorre após a China, que reivindica a soberania da ilha de 23 milhões de habitantes, intensificar seus exercícios militares em resposta às recentes visitas de congressistas dos EUA a Taipé. Pequim realizou exercícios com munição real e disparou mísseis nas águas ao redor de Taiwan – pela primeira vez desde a década de 90 – após a visita da presidente da Câmara dos Deputados dos EUA, a democrata Nancy Pelosi.


“Como Taiwan quer fortalecer e atualizar seu equipamento militar, é provável que haja alguns anos de crescimento de dois dígitos nos gastos militares antes de uma estabilização”, disse Wang Kun-yih, presidente da Sociedade Internacional de Estudos Estratégicos de Taiwan. “Segundo a atual estratégia, para se defender contra ameaças da China, são necessários novos caças, mais mísseis e navios de guerra maiores – todos caros.”

Mísseis

Durante visita à ilha, em julho, o ex-secretário de Defesa dos EUA, Mark Esper, sugeriu que Taiwan igualasse seus gastos de defesa com os dos EUA, em uma proporção de 3% do PIB. Ele também pediu aos taiwaneses que comprassem sistemas de mísseis antitanque Javelin – usados na Ucrânia – e antiaéreos Stinger, destacando que isso permitiria uma estratégia defensiva de guerra assimétrica, com ênfase na imposição de altos custos aos chineses em caso de ataque.

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