O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, anunciou nesta quarta-feira (24), que o Japão vai reiniciar usinas nucleares ociosas e estudar o desenvolvimento de reatores de próxima geração uma década após o acidente nuclear de Fukushima, que ocorreu em 2011.
Em entrevista à imprensa, Kishida explicou que a intenção do governo japonês é combater a crise energética causada pela guerra na Ucrânia. “A invasão russa da Ucrânia transformou largamente o panorama energético global, e por isso o Japão deve ter em conta potenciais cenários de crise no futuro”, disse o primeiro-ministro.
O primeiro-ministro também anunciou a intenção de colocar em funcionamento os reatores nucleares existentes, desativados desde o desastre de Fukushima, que aconteceu em 2011. “Além de garantir as operações dos dez reatores já colocados em serviço, o governo vai se esforçar para fazer o que for necessário para reiniciar outros reatores antigos que obtiverem luz verde regulatória o mais rápido possível”, afirmou Fumio Kishida.
Crise energética
O Japão vem sofrendo com os efeitos da baixa na oferta de energia e com os preços mais altos desde o início da guerra da Ucrânia, em fevereiro deste ano. Além disso, o verão extremo registrado este ano, também demandou energia extra.
Desastre de Fukushima
O sistema de energia nuclear do Japão foi completamente desligado desde o acidente nuclear de Fukushima, em 2011, em decorrência de um terremoto e um tsunami.
Dos 33 reatores em condições de funcionamento, apenas 10 foram reiniciados por cumprirem os protocolos de segurança, no entanto, a maioria deles não funciona permanentemente e está em manutenção.
No ano de 2020, somente 5% da eletricidade gerada no Japão veio de energia nuclear, em comparação com 30% antes do desastre de Fukushima. O Japão é dependente da importação de combustíveis fósseis e procura potencializar as energias renováveis.
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