Depois de anunciar o envio de mais US$ 800 milhões em armas anti-áreas, antiblindagem e drones para a Ucrânia, o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, disse nesta quarta-feira, 16, que o presidente russo, Vladimir Putin, é “um criminoso de guerra” por conduzir a invasão do país pela Rússia.
Trata-se da condenação mais dura até agora das ações de Putin e da Rússia por uma autoridade dos EUA desde a invasão da Ucrânia. Enquanto outros líderes mundiais usaram essas palavras, a Casa Branca hesitou em declarar as ações de Putin como crimes de guerra, dizendo que este era um termo legal que exigia pesquisa.
Mas em um discurso na quarta-feira, Biden disse que tropas russas bombardearam hospitais e mantiveram médicos como reféns. Ele prometeu mais ajuda para a Ucrânia a combater a Rússia.
Ao todo, o presidente americano enviou US$ 2 bilhões em auxílio de segurança a Kiev desde que assumiu a Casa Branca, em janeiro do ano passado. Cerca de US$ 1 bilhão foi enviado somente na última semana. “Vamos dar à Ucrânia as armas para lutar e se defender em todos os dias difíceis que virão pela frente”, disse.
Ele anunciou o envio de cem drones americanos à Ucrânia e garantiu que ajudará o país europeu a adquirir sistemas antiaéreos “de maior alcance” para se defender dos bombardeios russos.
Biden falou horas depois do presidente ucraniano, Volodmir Zelenski, discursar por vídeo para membros do Congresso americano, no qual pediu aos Estados Unidos e ao Ocidente mais ajuda para resistir aos russos.
O líder da Casa Branca elogiou o discurso do ucraniano e disse que o povo americano está respondendo aos apelos por mais ajuda. “Nós vamos dar à Ucrânia armas para combater e se defender ao longo de todos esses dias difíceis”, garantiu.
Apesar das negociações de paz em andamento, Biden alertou que o conflito poderá ser “longo e difícil”. De acordo com ele, as sanções contra Moscou vão ficar cada vez mais “dolorosas” para a já deteriorada economia russa.
O político acusou Putin de infligir “terrível devastação” ao país vizinho e disse que a prioridade, no momento, é evitar que os russos sejam vitoriosos. “Manteremos pressão sobre a deteriorada economia russa”, comentou, acrescentando que os aliados da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) também estão comprometidos a garantir isso.
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