A Filarmônica de Munique decidiu demitir o maestro russo Valery Gergiev, próximo a Vladimir Putin, anunciou nesta terça-feira a prefeitura da cidade alemã, depois que ele não respondeu a um pedido para criticar a invasão da Ucrânia.
"Com efeito imediato, não haverá mais concertos da Orquestra Filarmônica de Munique sob sua direção", afirmou o prefeito de Munique, Dieter Reiter, em um comunicado.
O maestro
Valeri Gergiev conduz esta orquestra desde 2015. O famoso maestro foi afastado no último minuto de uma série de apresentações no Carnegie Hall, local de prestígio em Nova York. "Esta mudança se deve a eventos recentes no mundo", disse um porta-voz do Carnegie à AFP. Teatro alla Scala, em Milão, também pediu que ele defendesse publicamente uma "solução pacífica" para o conflito e ameaçou cancelar duas apresentações marcadas para 5 e 13 de março.
O Carnegie e a Filarmônica também disseram que o pianista russo Denis Matsuev, que estava programado para se apresentar com Gergiev e a orquestra, não compareceria aos concertos. Matsuev também é associado de Putin; em 2014, ele expressou apoio à anexação da Crimeia.
Diretor-geral do prestigiado Teatro Mariinsky em São Peterburgo, Valeri Gergiev, 68 anos, é um dos maestros mais requisitados do mundo. Sua proximidade com Putin, que ele conhece desde 1992, e sua lealdade ao presidente russo após a anexação da Crimeia em 2014, além de suas apresentações na Ossétia do Sul bombardeada (uma área pró-russa da Geórgia) e em Palmira, na Síria, em 2016 geraram polêmica na última década.
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