O Departamento do Tesouro dos EUA cortou ainda mais a Rússia da economia global ao imobilizar os ativos do Banco Central Russo que são mantidos nos Estados Unidos, impondo sanções ao Fundo Russo de Investimento Direto, um fundo soberano administrado por um aliado próximo do presidente Vladimir Putin.
As medidas limitam a capacidade da Rússia de usar suas reservas internacionais para atenuar o impacto das sanções que os Estados Unidos e aliados europeus impuseram em resposta à invasão da Ucrânia pela Rússia.
“A ação sem precedentes que estamos tomando hoje limitará significativamente a capacidade da Rússia de usar ativos para financiar suas atividades de guerra desestabilizadoras e direcionar os fundos de que Putin e seu círculo próximo dependem para permitir sua invasão da Ucrânia”, disse a secretária do Tesouro Janet Yellen em um comunicado nesta segunda, 28.
Como resultado das sanções, os americanos estão impedidos de participar de quaisquer transações envolvendo o Banco Central da Rússia, o Fundo Nacional de Riqueza da Rússia ou o Ministério das Finanças da Rússia.
As medidas representam uma escalada significativa das sanções dos EUA, embora o Departamento do Tesouro tenha dito que estava fazendo uma isenção para garantir que as transações relacionadas às exportações de energia da Rússia possam continuar. Está emitindo uma “licença geral” para autorizar certas transações relacionadas à energia com o Banco Central da Rússia.
No sábado, a Comissão Europeia, Reino Unido, Canadá, França, Alemanha, Itália e Estados Unidos removeram alguns bancos russos do sistema de global de pagamentos internacionais Swift, essencialmente impedindo-os de transações internacionais, e imporiam novas restrições ao Banco Central da Rússia para impedi-lo de usar suas grandes reservas internacionais para evitar sanções.
A Rússia passou os últimos anos reforçando suas defesas contra sanções, acumulando US$ 643 bilhões em reservas em moeda estrangeira, em parte desviando suas receitas de petróleo e gás. Novas restrições dos Estados Unidos e seus aliados contra a venda de rublos para a Rússia visam minar a capacidade do país de apoiar sua moeda diante de novas sanções ao seu setor financeiro.
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