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Brasileiros tentam deixar a Ucrânia e relatam clima de tensão

Jogadores e familiares estão em um hotel e pedem ajuda à embaixada brasileira para sair do país.

Cerca de 500 brasileiros, entre jogadores de futebol e profissionais de tecnologia da informação, vivem na Ucrânia, país que está sendo atacado por tropas da Rússia. Alguns deles fizeram relatos sobre a situação na região .

O estudante Rony de Moura disse em entrevista à GloboNews que as "ruas estão cheias de gente procurando farmácias, mercados, bancos e lugares que as pessoas precisam comprar coisas pra sobreviver" e que é possível “ver no semblante das pessoas um ar de preocupação, que nos últimos dias havia sumido. Mas agora é muito claro e um pouco assustador”.


Ainda de acordo com Rony, todos os voos estão cancelados e a única maneira de sair do país é pelas fronteiras. "Acreditávamos que teria escalada. Mas agora mesmo parece surreal, parece pesadelo. A gente tinha combinado caso houvesse alguma coisa, que a gente voltaria ao Brasil. Eram apenas planos, mas agora a gente tem de fato que voltar", afirmou.

Whalter Lang mora há 4 anos em Kiev, capital da Ucrânia, e também falou sobre o plano de voltar ao Brasil. "Temos que ver essa questão [familiar], se vamos sair e como vai ser toda essa situação. Meu desejo seria, claro... a gente não tem aviões agora aqui, então sairia via terrestre. Pegaríamos um trem pra Polônia, que é a fronteira mais perto, e de lá pegaria avião para São Paulo, para o Brasil", declarou.

Jogadores brasileiros

Jogadores brasileiros e familiares estão em um hotel localizado em Kiev e pedem ajuda à embaixada brasileira para deixar o país.

Em um vídeo que está circulando nas redes sociais, Fernando Santos, do Shakhtar Donetsk, diz que a falta de combustível, com a fuga de milhares de moradores do conflito, fez com que eles ficassem presos na cidade. "Aqui estamos todos reunidos com as nossas famílias, hospedados em um hotel. Espero que a embaixada possa nos ajudar", disse.

Renan Oliveira, do Kolos Kovalivka, afirmou que "está todo mundo apavorado". É uma situação complicada. A gente não acreditada que iria acontecer realmente essa guerra. A gente estava apreensivo, mas confiante de que nada aconteceria", pontuou Renan.

"Eu estava no Centro de Treinamento do clube, que fica em uma cidade há uma hora de onde moro aqui. Porque a gente teve treinamento ontem lá e teria que ficar lá para treinar hoje pela manhã. A gente foi acordado com as informações de que a Rússia teria começado o ataque e que eles estavam invadindo, e pediram pra que a gente viesse para casa e pegasse algumas coisas e voltasse para lá, porque lá acho que a gente fica um pouco mais seguro”, relatou o jogador Renan Oliveira.

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