O Ministério Público da Bélgica acusou quatro pessoas neste domingo (11) por terem supostamente recebido dinheiro e presentes do Catar, para que o país influenciasse em decisões no Parlamento Europeu. Na última sexta-feira (9), seis pessoas já haviam sido detidas, mas duas foram liberadas.
Autoridades do país sede da Copa do Mundo negam as alegações da tentativa de interferência nas decisões em Bruxelas. “Qualquer associação do governo do Catar com as alegações relatadas é infundada e gravemente mal informada”, disse uma autoridade do país.
Entre os presos na fase inicial das investigações está a vice-presidente grega do Parlamento Europeu, Eva Kaili. A parlamentar também foi expulsa do partido socialista grego Pasok, do qual fazia parte.
Os quatro acusados vão ficar presos preventivamente por suspeita de integrarem organização criminosa, lavagem de dinheiro e corrupção, anunciou o Ministério Público Federal Belga.
Outro suspeito
Promotores do Ministério Publico também revistaram a casa de um segundo parlamentar envolvido no esquema. O suspeito seria Marc Tarabella, membro do Partido Socialista belga, que teve o computador e um telefone celular empreendidos. “Não tenho absolutamente nada a esconder e responderei a todas as perguntas dos investigadores”, declarou o Parlamentar.
De acordo com o comissário europeu de Economia, Paolo Gentiloni, caso comprovadas as acusações, o episódio é considerado “uma das histórias de corrupção mais dramática dos últimos ano”, afirmou.
O Parlamento Europeu pretende votar nesta semana uma proposta para estender a isenção de vistos para países além da União Europeia, são eles: Kuwait, Catar, Omã e Equador.
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