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Cardeal expõe ao papa perseguição da ditadura da Nicarágua

Após o encontro, o religioso informou que, mais uma vez, o pontífice pediu para manter o diálogo.

O cardeal nicaraguense Leopoldo José Brenes Solórzano se encontrou com o papa Francisco nessa quinta-feira (03), ocasião em que expôs a situação da Igreja Católica na Nicarágua, após o ditador Daniel Ortega tachar os bispos de “golpistas” e “terroristas” e intensificar a perseguição, prendendo religiosos e fechando emissoras católicas.

Após uma audiência privada com o pontífice, o cardeal afirmou que o papa estava ciente da situação na Nicarágua. Está sempre informado, disse-me para prosseguir com a pregação e com o acompanhamento do nosso povo, permanecer especialmente com nosso povo humilde e sensível e próximo dos sacerdotes”, disse o religioso ao Vatican News.


O cardeal foi aconselhado pelo papa a manter o diálogo. “Devemos sempre manter o diálogo. O diálogo começa, mas não sabemos quando termina, devemos seguir em frente, promovê-lo sempre. O papa sempre nos dá essa indicação: o diálogo não pode terminar”, relatou.

Ainda segundo o cardeal, além da perseguição a religiosos e opositores do regime, a igreja tem se preocupado com o problema da emigração. “Muitas pessoas por motivos econômicos, por desemprego, deixam a Nicarágua e chegam a outros países, como Costa Rica, México, Estados Unidos. É uma grande preocupação para nós e também para o Santo Padre”, informou.

Leopoldo José Brenes foi ao Vaticano acompanhado do vigário judicial da Arquidiocese de Manágua, Julio Arana. Os religiosos participaram de encontros com os bispos que compõem o Conselho Episcopal Latino-Americano (Celam) e os da Conferência Episcopal da Itália.

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