O presidente da China Xi Jinping foi reeleito para o terceiro mandato como secretário-geral do Partido Comunista Chinês e deve ocupar o cargo pelos próximos cinco anos. O anúncio foi feito neste domingo, 23, pelo próprio presidente, no encerramento do 20° Congresso do Partido Comunista Chinês.
No seu primeiro discurso oficial após a renovação, Xi expôs suas ambições para a China e frisou que deseja estabelecer o “rejuvenescimento da nação chinesa”. “Na estrada à frente, não importa ventos fortes, águas agitadas ou até tempestades perigosas, as pessoas sempre serão nosso apoio mais sólido e nossa maior confiança”, disse.
Além da Presidência propriamente dita, pelos próximos cinco anos, Xi Jinping agora acumula as funções de secretário-geral e líder do exército, posição esta que o faz o líder chinês mais poderoso desde Mao Tsé-tung.
Desde que assumiu a liderança do Partido Comunista Chinês, no final de 2012, Xi transformou a China, expurgando potenciais rivais, esmagando a dissidência e reafirmando o papel central do PCC na sociedade.
A pandemia de covid-19 junto à desaceleração econômica, que analistas apontavam como entraves ao novo mandato de Xi, foram deixadas de lado durante o congresso, com o presidente saindo aclamado e pedindo aos membros que continuassem em sintonia com ele “no pensamento, na política e na ação”.
No evento deste domingo, Xi reforçou seu status aprovando emendas à carta do partido – suas regras fundamentais – para aumentar sua autoridade. O texto da resolução final da reunião apontou que a liderança de Xi era essencial para “erradicar graves riscos que estavam presentes dentro do partido, estado e militares”, aparentemente referindo-se à corrupção e à deslealdade.
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