Na última quinta-feira (13), a ditadura da Nicarágua prendeu o padre Enrique Martínez Gamboa, da paróquia Santa Martha, em Manágua, na capital do País. Conforme a Revista Oeste, depois da prisão, o paradeiro do religioso é desconhecido. O padre Uriel Vallejos, por meio do Twitter, denunciou os ataques desferidos à Igreja Católica pelo ditador Daniel Ortega.
“Os sacerdotes e a Igreja Católica exigem sua libertação e o fim da perseguição contra a Igreja e o clero”, declarou o religioso ao mencionar a prisão da Gamboa. “Justiça, liberdade e democracia!”, bradou.
Vídeo
Na publicação feita nas redes sociais, Vallejos divulgou um vídeo de 2018, no qual Gamboa discursa em frente à Universidade Jesuíta Centro-Americana. O fato se deu depois de um protesto civil pela liberdade, que foi reprimido por Daniel Ortega.
El día se ayer a la 5:00 pm, fue secuestrado el Sacerdote Párroco de la Parroquia Santa Martha, Managua. El Padre Enrique Martínez G.
— Pbro Uriel Vallejos (@pbrourielv) October 14, 2022
Los Sacerdotes y la Iglesia Católica, exígimos la liberación y el cese de la persecusión contra la Iglesia y el clero.
Justicia,libertad y Democ! pic.twitter.com/EnkgboF0DS
“Vivam as mães daqueles que caíram em 19 de abril [de 2018]. Vivam os médicos, os jornalistas decentes”, declarou o sacerdote.
Prisões
Bispos e padres apoiaram as manifestações que pediram a saída de Ortega do governo há quatro anos. Esses protestos foram reprimidos com violência e acabou provocando a morte de mais de 300 pessoas.
Mais repressão
O ditador nicaraguense intensificou a perseguição à Igreja Católica esse ano e prendeu padres e bispos. Expulsou freiras missionárias e fechou emissoras de rádio e TV católicas.
Perseguição
O editor-assistente Cristyan Costa detalha, em reportagem publicada em Oeste, a perseguição de Ortega aos religiosos. “Desde 2018, quando os protestos se intensificaram, a Igreja Católica sofreu mais de 190 ataques no país, segundo relatório do Observatório Anticorrupção e Transparência encaminhado à Ajuda à Igreja que Sofre (ACN)”, escreveu.
“No fim de agosto, o regime prendeu o bispo de Matagalpa, Rolando Álvarez, e outras sete pessoas — quatro sacerdotes, dois seminaristas e um funcionário da diocese”, relatou Cristyan Costa.
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