A Coreia do Norte sugeriu uma possível retomada de testes nucleares ou de mísseis de longo alcance durante uma reunião sob a liderança de Kim Jong-un nesta quinta-feira, 20 (horário local, noite de quarta-feira no Brasil), informou a agência oficial de notícias KCNA.
A reunião do escritório político do Comitê Central do Partido dos Trabalhadores "ordenou ao setor relevante que considerasse rapidamente a questão de retomar" todas as atividades temporariamente suspensas, informou a agência KCNA.
"A política hostil dos EUA e a ameaça militar atingiram uma linha de perigo que não pode mais ser ignorada", acrescentou a agência.
Kim presidiu a reunião do partido, que entregou um relatório analisando as condições na península coreana e abordando "a direção de contramedidas contra os Estados Unidos para o futuro".
O líder norte-coreano havia decretado uma moratória nos testes de mísseis nucleares e intercontinentais em 2018, mas ameaçou suspendê-la depois que as negociações com o então presidente Donald Trump falharam em 2019.
O país reativou seu programa de armas, com vários testes em setembro e outros quatro até agora em 2022 que incluem lançamentos de mísseis hipersônicos.
Enquanto o regime rejeita as ofertas de diálogo lançadas pelo novo governo do presidente americano Joe Biden, Kim reafirmou no mês passado seu compromisso com a modernização militar em um importante discurso ao seu partido.
A proliferação de testes de armas levou os Estados Unidos a impor novas sanções ao país asiático, mas Pyongyang respondeu alegando seu “direito legítimo” de se defender e com novos testes.
A retórica vinda do país comunista isolado também é mais agressiva. "Os Estados Unidos caluniaram nosso Estado e cometeram o ato tolo de tomar cerca de 20 medidas punitivas", disse a agência oficial KCNA.
A agência também observou que o escritório político concordou unanimemente em realizar "uma preparação mais completa para um confronto de longo prazo com os imperialistas dos EUA", bem como "aumentar nossa força física para a defesa".
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