Estradas danificadas ou intransitáveis estavam complicando até esta sexta-feira, 20, os esforços para levar ajuda a partes remotas do Haiti devastadas pelo terremoto que matou mais de 2 mil pessoas na semana passada.
Na principal estrada de montanha do país, entre Les Cayes, cidade do sudoeste, e Jeremie, no noroeste, duas das áreas urbanas mais atingidas, deslizamentos de terra e rachaduras no asfalto dificultaram a chegada de auxílio a comunidades agrícolas atualmente lutando com a insegurança alimentar e o acesso a água potável.
A rota estava repleta de rochas, o que fez com que os caminhos ficassem impossibilitados em alguns pontos.
País mais pobre das Américas, o Haiti ainda estava se recuperando de um terremoto de 2010 que matou mais de 200 mil pessoas.
O país se tornou ainda mais instável após o assassinato do presidente Jovenel Moïse no mês passado, cometido pelo que autoridades dizem ter sido um grupo de mercenários majoritariamente colombianos.
Uma tempestade intensa que assolou o Haiti mais cedo nesta semana, desencadeando deslizamentos de terra, também tornou mais difícil encontrar vítimas do tremor de sábado, que destruiu dezenas de milhares de casas e ceifou as vidas de ao menos 2.189 pessoas.
O terremoto também deixou 12,2 mil feridos, e o número de vítimas deve aumentar à medida que os esforços de resgate prosseguem, disseram autoridades.
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