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Chile é o segundo país do mundo com maior porcentagem de vacinados

O país sul-americano está atrás apenas de Israel.

O Chile é o segundo país do mundo com a maior porcentagem da população imunizada com duas doses da vacina contra a covid-19, disse o ministro da Saúde chileno, Enrique Paris, com base em dados do site Our World in Data, da Universidade Oxford.

Segundo os registros do portal britânico, até 26 de abril 33,11% dos 19,12 milhões de habitantes do Chile já haviam completado o processo de vacinação, um número superado apenas por Israel, que até o dia 27 deste mês já havia imunizado totalmente 58,65% de uma população de 8,66 milhões.


Atrás do Chile estão Bahrein, com 31,14%, Estados Unidos, com 28,93%, até 27 de abril, e o Reino Unido, com 19,45% até 26 de abril. “Desde 3 de fevereiro, o progresso na imunização tem se destacado muito e, em concreto, quase três meses após o início deste processo, o país se posiciona como o segundo do mundo com a maior porcentagem de sua população totalmente vacinada”, disse Paris em comunicado divulgado na quarta-feira.

No início de março, o Chile chegou a conquistar o posto de país que estava vacinando mais rapidamente no mundo, mas perdeu a liderança no ranking em razão de uma desaceleração gradual do ritmo de sua bem-sucedida vacinação à medida que a faixa etária do público-alvo foi sendo reduzida.

No final do primeiro trimestre de 2021, o Chile já tinha ultrapassado a marca de 5 milhões de pessoas com pelo menos uma dose da vacina contra a covid-19, um número que abrange toda a população de risco.

Até agora, já foram administradas 14.496.806 vacinas. Um total de 8.035.014 pessoas recebeu a primeira dose, e 6.461.792, a segunda. O público-alvo é de 15.200.840 pessoas, segundo o ministro da Saúde chileno.

A negociação antecipada de vacinas, que serviu para assegurar 35 milhões de doses de vários laboratórios e da plataforma Covax, da Organização Mundial de Saúde (OMS), assim como a extensa rede de saúde básica, são dois dos fatores-chave que aceleraram a imunização.

Das quase 16 milhões de doses que chegaram ao país até agora, a maioria é do laboratório chinês Sinovac – quase 14 milhões –, e as demais de Pfizer/BioNTech, Cansino e AstraZeneca.

Apesar do sucesso do plano de vacinação, o Chile não conseguiu evitar uma violenta segunda onda da covid-19, que mergulhou o país em seu pior momento na pandemia, com uma média de 7.500 novos casos por dia e taxas de ocupação de unidades de terapia intensiva acima de 96%.

A segunda onda veio logo após o período de férias de verão e levou ao confinamento de mais de 90% da população durante mais de um mês e ao fechamento de fronteiras e de comércios não essenciais.

Flexibilização

O número de casos começou a diminuir, e nesta quinta-feira algumas partes do país iniciaram uma flexibilização das medidas de confinamento. Depois de um mês de lockdown, os moradores de vários bairros da capital, Santiago, voltaram às ruas. Grupos de pessoas fazendo compras, passeando ou fazendo esportes, além de um maior número de veículos, eram vistos nas ruas da capital, onde cerca de 1,2 milhão de pessoas abandonou a quarentena depois de vários dias de estabilização na pandemia e o avanço na vacinação.

O desconfinamento, anunciado esta semana, beneficia um total de 26 bairros localizados em várias regiões do país cujos moradores terão a possibilidade de circular livremente durante a semana das 5 horas até o início do toque de recolher, às 21 horas.

Também poderão abrir bares e restaurantes com quatro pessoas por mesa, além do comércio não essencial, uma medida muito esperada entre os comerciantes e o setor hoteleiro, que receberam um duro golpe com este lockdown depois de já terem sido muito afetados com o fechamento total da primeira onda, em meados de 2020. Segundo o Ministério dos Transportes, foi registrado ontem um aumento de 10% no fluxo de viajantes no metrô e 3% no trânsito veicular com relação à quinta-feira passada.

Apesar do levantamento d restrições em algumas áreas, o Chile – que tem mais de 1,1 milhão de casos e cerca de 26 mil mortes – manterá o estado de exceção, o toque de recolher e o fechamento das fronteiras.

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