Em entrevista incluída no no livro "A Saúde dos Papas", que teve trechos antecipados neste sábado (27) pelo jornal "La Nación", de Buenos Aires, o Papa Francisco afirmou que espera morrer em Roma, capital da Itália, e descartou possível retorno para a Argentina, seu país de origem.
“Como Papa, em exercício ou emérito. E aqui em Roma. Não volto à Argentina”, respondeu Francisco, ao ser questionado sobre como imagina a sua morte, após referir que não tem medo, mas pensa nela.
Não se sabe, no entanto, qual o motivo de Francisco não querer retornar para a Argentina. O livro aborda ainda temas como saúde e problemas que Francisco teve durante ao longo da vida. “Controlei bastante a minha ansiedade. Quando sou confrontado com uma situação ou um problema que me deixa ansioso, lido com ele. Tenho métodos diferentes, um deles é ouvir Bach. Isso me acalma e me ajuda a analisar os problemas de uma forma melhor. Confesso que ao longo dos anos tenho conseguido colocar uma barreira à entrada da ansiedade no meu espírito. Seria perigoso e prejudicial para mim tomar decisões sob um estado de ansiedade", disse o líder religioso.
Segundo Papa Francisco, conhecer "suas neuroses" é importante, pois elas são companheiras de vida. “É muito importante poder saber onde os ossos estão rangendo. Onde eles estão e quais são os nossos males espirituais. Com o tempo, a pessoa conhece as suas neuroses. Como Provincial dos Jesuítas, durante os terríveis dias da ditadura, quando tive de levar pessoas a se esconderem para tirá-las do país e salvar as suas vidas, tive de lidar com situações com as quais não sabia como lidar. Fui ver uma senhora – uma grande mulher – que tinha me ajudado na leitura de alguns testes psicológicos para as noviças. Depois, durante seis meses, a consultei uma vez por semana", ressaltou.
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