O avanço da variante Ômicron do novo coronavírus no Hemisfério Norte levou diversos países a bater recorde de contágios de covid no feriado de Natal e mobilizou governos dos Estados Unidos, Alemanha, França, Itália e Reino Unido a planejar novas medidas contra a nova cepa do vírus. Em paralelo, o cancelamento de voos provocado pelo impacto do surto em trabalhadores do setor aéreo nesses países ainda afeta o transporte aéreo nesses países, com mais de 2 mil viagens suspensas só nesta segunda-feira, 27.
A França e o Reino Unido superaram nos últimos dias a marca de 100 mil casos diários, enquanto os Estados Unidos passaram de 200 mil. Outros recordes de contágio foram batidos também na Irlanda, Itália e na Austrália. Autoridades americanas temem que o número de casos ultrapasse 1 milhão por dia, um número quatro vezes maior do que o pior momento da pandemia no país até agora.
O presidente americano, Joe Biden, fará uma reunião hoje na Casa Branca com a equipe de combate à pandemia e governadores para desenhar um plano de ação contra a variante Ômicron.
O setor aéreo americano vive uma série de cancelamentos de viagens nos últimos dias em virtude do contágio de equipes de comissários, pilotos e pessoal de apoio em aeroportos. Só nos Estados Unidos, foram 800 cancelamentos na manhã de hoje.
A situação em alguns Estados, principalmente na costa leste e no sul dos Estados Unidos é preocupante. “Estamos falando de festa de ano-novo e eu recomendo de maneira muito firme que é melhor ficar longe delas este ano”, disse o principal assessor de Biden para a pandemia, Anthony Fauci. “Precisamos ser extremamente cuidadosos.”
A situação se agrava também na Europa, onde a França deve decidir ainda hoje sobre novas medidas de restrição depois de ter ultrapassado 100 mil casos por dia. A tendência é um endurecimento nas regras do passaporte sanitário, permitindo atividades de lazer apenas para quem estiver vacinado completamente. O governo francês estuda também um toque de recolher na noite de ano-novo para impedir aglomerações.
A Alemanha decidiu limitar atividades públicas e privadas para deter o avanço da Ômicron, mesmo com uma tendência de queda nos contágios para os próximos dias. A Itália decidiu antecipar o prazo da dose de reforço para quatro meses.
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