O presidente americano, Joe Biden, disse nesta quinta-feira, 21, que os Estados Unidos defenderiam Taiwan no caso de um ataque da China. "Temos esse compromisso", afirmou ele em um evento da TV CNN com eleitores, quando questionado sobre o tema.
O líder americano também afirmou que não quer trabalhar em conjunto com a China, mas que está em conversas com o presidente do país, Xi Jinping, para mostrar que os EUA não darão passos para trás.
"Militarmente, China, Rússia e o restante do mundo sabem que somos os mais poderosos", disse Biden. "A coisa com a qual devemos nos preocupar é se eles se colocaram em uma posição de cometer algum erro grave."
Em resposta às declarações de Biden, a China pediu que o presidente americano tenha "prudência" e que evite enviar sinais errados. "Em questões relacionadas a seus interesses fundamentais, como sua soberania e integridade territorial, a China não abre espaço para concessões", afirmou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês Wang Wenbin em conversa com a imprensa.
Biden fez uma promessa semelhante em agosto, quando disse à ABC que os EUA sempre defenderiam seus principais aliados, incluindo Taiwan, mesmo tendo retirado suas tropas do Afeganistão.
Os comentários de Biden vão contra a política de longa data dos EUA de "ambiguidade estratégica", segundo a qual Washington ajuda Taiwan a construir suas defesas sem se comprometer a sair em apoio à ilha.
As tensões militares entre Taiwan e China estão em seu pior momento em mais de 40 anos, disse o ministro da Defesa de Taiwan, Chiu Kuo-cheng, neste mês, acrescentando que a China será capaz de montar uma invasão "em grande escala" até 2025.
A China afirma que Taiwan é parte de seu território, que deve ser tomado à força, se necessário. Taiwan diz que é um país independente e defenderá suas liberdades e democracia.
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