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Kim Jong-un chama EUA de 'maior inimigo' e defende 'dissuasão' nuclear

Declaração é feita a menos de duas semanas da posse de Biden; líder norte-coreano afirmou que política americana não muda 'independentemente de quem está no poder'.

O líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un, chamou os Estados Unidos de "maior inimigo" durante o importante congresso do partido único do país e defendeu a necessidade de fortalecer a "dissuasão" nuclear norte-coreana.

Na primeira menção direta de Kim aos EUA em quatro dias de congresso, o ditador falou sobre a necessidade de "se impor" ao "maior inimigo, o principal obstáculo no desenvolvimento da revolução", informou a agência estatal de notícias KCNA neste sábado, 9 (sexta-feira, 8, no Brasil).


Referindo-se à iminente posse de Joe Biden como presidente americano, Kim alegou que a política dos EUA não muda "independentemente de quem está no poder", cobrou Washington a remover as sanções internacionais à Coreia do Norte e defendeu a necessidade de "reforçar constantemente a mais poderosa dissuasão" para proteger seu país, citando o programa de armas nucleares.

A declaração ocorre a menos de duas semanas da posse de Biden e depois de uma relação turbulenta entre Kim e Donald Trump, que está prestes a deixar o cargo.

Kim e Trump primeiro se envolveram em uma guerra de palavras e ameaças mútuas, até que surgiu um extraordinário "romance" diplomático que incluiu cúpulas e declarações de amor do presidente americano.

O "sonho", no entanto, foi interrompido em Hanói, onde um impasse sobre as sanções à Coreia do Norte interrompeu as negociações.

Pyongyang investiu muitos recursos no desenvolvimento de suas armas nucleares e mísseis balísticos, que afirma serem necessários para a defesa contra uma possível invasão dos EUA.

Os programas nucleares avançaram rapidamente sob o comando de Kim. O país concluiu os planos para um submarino de propulsão nuclear, disse o líder norte-coreano, algo que mudaria o equilíbrio estratégico.

"Uma nova pesquisa de planejamento para um submarino com propulsão nuclear foi concluída e deve entrar no processo de exame final", afirmou ele no congresso.

A Coreia do Norte deve "avançar ainda mais em tecnologia nuclear" e desenvolver ogivas nucleares leves e de pequeno porte "para serem aplicadas de maneira diferente dependendo dos alvos", acrescentou.

Os comentários estão no relatório de trabalho da reunião, que durou nove horas distribuídas por três dias e foi relatada em detalhes pela KCNA pela primeira vez.

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