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Trump diz que a 'incompetência' da China provocou 'massacre global'

Depois de ambos os países acordarem uma trégua após quase dois anos de guerra comercial, a rivalidade voltou às relações diplomáticas bilaterais em meio à pandemia de coronavírus.

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, reiterou seus ataques à gestão da China da crise do coronavírus e disse que a "incompetência" do país asiático foi o que causou um "massacre global".

O americano tem falado cada vez mais sobre os efeitos do coronavírus na economia do seu país e critica diariamente a China, onde o vírus apareceu pela primeira vez no fim do ano passado.


Trump se referiu em um tuíte ao relatório de "um louco" na China, na qual outros atores são supostamente culpados pelo avanço do vírus e exigiu que expliquem a esse "tolo" que foi a "incompetência da China e não outra coisa que causou esse massacre mundial".

No início da crise, Trump minimizou os riscos e disse em várias ocasiões que a China estava assumindo o controle da epidemia, mas, à medida que o vírus avançava, ele mudou seu discurso e começou a criticar Pequim.

Em um ano eleitoral em que o aumento do desemprego ameaça suas chances de reeleição em novembro, Trump reitera há semanas que o duro balanço do vírus, que deixou mais de 320 mil mortos no mundo, poderia ter sido evitado se a China tivesse agido de uma maneira diferente desde que foi detectado na cidade de Wuhan.

Os Estados Unidos são o país com mais mortes nesta pandemia, com cerca de 91.938 óbitos.

A Casa Branca sugeriu, sem dar provas, que o vírus foi criado em laboratório e escapou dos cientistas acidentalmente.

Trump ameaçou repetidamente Pequim com a imposição de compensação e também ameaçou a Organização Mundial de Saúde (OMS) de cortar suas contribuições, acusando a instituição de ajudar a China a esconder o alcance da epidemia.

'Mentiras' dos EUA

Depois de ambos os países acordarem uma trégua após quase dois anos de guerra comercial, a rivalidade voltou às relações diplomáticas bilaterais.

O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores chinês, Zhao Lijian, provocou indignação em Washington no passado, citando uma teoria da conspiração de que o vírus foi trazido para a China dos Estados Unidos.

"Parece que os Estados Unidos esqueceram que seus líderes elogiaram publicamente a China pelo trabalho contra a epidemia", disse Zhao na quarta-feira, denunciando que existem "muitos erros e brechas no lado americano, com suas mentiras e rumores".

Durante um telefonema com o primeiro-ministro do Bangladesh, Sheikh Hasina, o presidente chinês, Xi Jinping, parecia se voltar para os Estados Unidos.

Conforme relatado pela agência chinesa Xinhua, Xi disse que seu país se opõe a ações que interferem na cooperação internacional contra a pandemia e prejudicam o mundo, especialmente os países em desenvolvimento.

"A China está pronta para continuar trabalhando com a comunidade internacional, incluindo Bangladesh, para apoiar a liderança da OMS", disse Xi.

O chefe da diplomacia americana, Mike Pompeo, disse a jornalistas nesta quarta-feira que a crise do coronavírus terminou com as ilusões de ter um vínculo mais próximo com a China.

"Subestimamos muito o grau em que Pequim é políticamente e ideologicamente hostil às nações livres", disse o secretário de Estado. Para concluir, Pompeo disse que a China é governada por um "regime brutal e autoritário".

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