O ministro da Energia da Arábia Saudita, o príncipe Abdel Aziz bin Salman, anunciou nesta terça-feira, 17, que a produção de petróleo do país será restabelecida até o final de setembro, após o ataque sofrido em duas instalações de petróleo, no sábado.
“A produção voltará à normalidade no final de setembro”, disse o ministro a jornalistas, reforçando que o país já havia recuperado a metade da produção perdida com o ataque.
Os ataques no fim de semana fizeram cair para a metade a produção de petróleo do país, equivalente a 5,7 milhões de barris diários, que representam aproximadamente 6% da produção mundial.
Um alto funcionário da estatal Saudi Aramco, proprietária das instalações de petróleo em Khurais e Buqyaq, assegurou que a agressão não modificará o projeto de entrada na bolsa do gigante petroleiro saudita. “Seguirá como previsto, não vamos parar nada”, assegurou.
Por outro lado, o ministro de Energia afirmou que o país “não sabe quem está por trás” dos ataques.
Entretanto, nesta terça ao site BBC, oficiais americanos afirmaram que identificaram que os mísseis foram lançados do sul do Irã. Segundo relatos, os sauditas não conseguiram interceptar os armamentos porque o sistema de defesa do país estava apontado ao sul, para evitar ataques vindos do Iêmen.
No próprio sábado, os rebeldes Houthis xiitas do Iêmen, que são apoiados militarmente e financeiramente pelo Irã, reivindicaram o ataque em Buqyaq, a maior estação de refinamento de petróleo do mundo, e do campo petroleiro de Khurais, no leste da Arábia Saudita.
Entretanto, autoridades dos Estados Unidos, entre elas o secretário de Estado Mike Pompeo e o ministro de Defesa, Mark Esper, responsabilizaram o Irã pela ofensiva, do qual o país nega.
Após o envolvimento americano no conflito, Pompeo viajou nesta terça à Arábia Saudita com o objetivo de "analisar uma resposta" aos ataques, segundo anúncio do vice-presidente Mike Pence.
Os sauditas confirmaram que as armas utilizadas são iranianas, sem acusar diretamente o país, seu rival regional.
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