Cerca de 15 mil pessoas precisam ser resgatadas rapidamente nas zonas inundadas de Moçambique após a passagem do ciclone Idai, que deixou mais de 350 mortos no sudeste da África na semana passada, disse ontem o ministro do Meio Ambiente, Celso Correia. No entanto, a destruição tem dificultado os trabalhos de resgate.
As equipes estão impressionadas com a magnitude da catástrofe, que provocou deslizamentos e inundações e deixou milhares de pessoas isoladas em telhados ou árvores.
O presidente de Moçambique, Filipe Nyusi, estimou que o número de mortes pode passar de mil somente em seu país e decretou três dias de luto. Moçambique foi o país mais afetado pelo ciclone, que também atingiu Zimbábue e Malauí.
A prioridade é ajudar as milhares de pessoas que encontraram refúgio nas árvores, telhados ou ilhotas. Em alguns lugares, o nível da água atingiu até seis metros. Mas os socorristas, vencidos pela magnitude da catástrofe, enfrentam um dilema.
"Infelizmente, não podemos ajudar a todos. Por isso, nossa prioridade são as mulheres, as crianças e os feridos", disse Caroline Haga, da Federação Internacional da Cruz Vermelha e do Crescente Vermelho.
A previsão do tempo, que anuncia mais chuva para os próximos dias, deve "piorar a situação", alertou o Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários.
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Número de vítimas de ciclone na África ultrapassa 300 mortos
Em Moçambique, 15 mil pessoas ainda aguardam resgate após a passagem de ciclone.
Por Estadão Conteúdo
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