A procuradoria da Bolívia emitiu nesta quarta-feira, 18, uma ordem de prisão contra o ex-presidente Evo Morales, atualmente refugiado na Argentina, por sedição e terrorismo.
A determinação assinada pelos procuradores de La Paz Jhimmy Almanza e Richard Villaca ordena que promotores, policiais e/ou funcionários públicos "prendam e conduzam o senhor Juan Evo Morales Ayma aos escritórios da procuradoria".
O chefe de gabinete do atual governo, Arturo Murillo, entrou com um processo criminal contra Evo há alguns dias por supostamente promover os confrontos violentos que deixaram 35 mortos. Ele também divulgou uma foto pelo Twitter do que parecia ser o mandado de prisão e acrescentou: “FYI Señor (Morales).”
Sr. @evoespueblo para su conocimiento pic.twitter.com/1KrAFcevjQ
— Arturo Murillo (@ArturoMurilloS) December 18, 2019
Murillo é membro do governo interino da presidente Jeanine Añez, ex-senadora da oposição a Evo. Ela assumiu a presidência em novembro, após o líder cocaleiro renunciar sob pressão de forças de segurança e manifestantes contrários a seu governo, em meio a relatos de irregularidades na eleição presidencial de 20 de outubro.
Luis Fernando Guarachi, chefe da Divisão de Corrupção Pública da polícia boliviana, confirmou a jornalistas em La Paz que o mandado foi emitido. À emissora Unitel, ele afirmou que a polícia tentará cumprir o requerimento judicial.
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