Nesta segunda-feira (13) o ministro da Saúde malaio, Subramaniam Sathasivam, disse que a família de Kim Jong-nam, meio-irmão do ditador norte-coreano, que foi assassinado na Malásia, tem até 20 dias para reivindicar seu corpo às autoridades do país.
"Esperamos que isto possa ser resolvido em duas ou três semanas", disse o ministro ao ser questionado pelos jornalistas sobre o destino do corpo de Kim Jong-nam, que se encontra no necrotério do Hospital Kuala Lumpur, segundo o jornal local "The Star".
Segundo o ministro, Kim Jong-nam tinha esposa e filhos e as autoridades malaias acreditam que eles desejam recuperar o corpo, mas no caso que ninguém o faça, o governo da Malásia adotará uma decisão.
A polícia da Malásia completou na semana passada a análise dos restos mortais e a entregou ao Ministério da Saúde.
- Foto: Toshifumi Kitamura / AFPKim Jong-nam
Kim Jong-nam morreu no dia 13 de fevereiro, em um terminal de saídas internacionais do aeroporto de Kuala Lumpur, segundo as investigações policiais.
Duas mulheres, uma indonésia e um vietnamita, jogaram em seu rosto o agente nervoso VX. Kim morreu a caminho do hospital menos de meia hora depois.
De acordo com o G1, as duas mulheres presas, a vietnamita Doan Thi Huong e a indonésia Siti Aisyah, alegam que achavam que estavam participando de uma brincadeira, foram detidas e acusadas de assassinato.
Mais outros sete norte-coreanos estão sendo procurados pela polícia, sendo que três deles estariam escondidos na embaixada desse país, em Kuala Lumpur, e outros quatro que supostamente contrataram as mulheres e deixaram o país no mesmo dia do assassinato.
Kim Jong-nam era o irmão mais velho do Kim Jong-un e considerado como o melhor posicionado para herdar a chefia do regime norte-coreano, mas caiu em desgraça em 2001. Nos últimos anos viveu exilado na China.
Ver todos os comentários | 0 |