A vitória de Nicolás Maduro para seu terceiro mandato consecutivo na Venezuela, anunciada pelo Conselho Nacional Eleitoral do país nesta segunda-feira (29), dividiu a comunidade internacional. Alguns líderes mundiais manifestaram preocupação com a falta de transparência na votação, enquanto outros aliados parabenizaram o chavista pelo “pleito histórico”.

O presidente da Argentina, Javier Milei, anunciou que seu país “não reconhecerá outra fraude” na Venezuela e afirmou que os venezuelanos “escolheram pôr fim à ditadura comunista de Nicolás Maduro”. Outros líderes sul-americanos que consideraram os resultados questionáveis foram Luis Lacalle Pou e Gabriel Boric, presidentes do Uruguai e Chile, respectivamente.

Já o secretario de Estado dos EUA, Antony Blinken, mostrou-se preocupado com a validade dos resultados apresentados pela Venezuela, questionando se refletem a vontade dos eleitores. “Temos sérias preocupações de que os resultados anunciados não reflitam a vontade dos votos ou do povo venezuelano”, disse. Na Europa, governos como o de Portugal pediram uma verificação dos resultados.

Governos e ditaduras de esquerda comemoraram

Em contrapartida, ditaduras e governos de esquerda comemoraram o resultado das eleições. Em uma publicação no X, o ditador de Cuba, Miguel Díaz-Canel, parabenizou Maduro pela reeleição. “Falei com o irmão Nicolás Maduro para transmitir calorosas felicitações em nome do Partido, do Governo e do povo cubano pela histórica vitória eleitoral alcançada, após uma impressionante manifestação do povo venezuelano”, declarou.

Na América do Sul, o presidente da Bolívia, Luis Arce, felicitou o ditador e o povo venezuelano por “sua vontade ser respeitada nas urnas”. Já na China, o líder comunista Xi Jinping felicitou a Venezuela pela “realização bem-sucedida” das eleições, enquanto o Kremlin informou que o ditador russo, Vladmir Putin, parabenizou Maduro pela vitória.