Na quinta-feira, 25, o Tribunal Superior de Nova York anulou a condenação por estupro de Harvey Weinstein , magnata do cinema norte-americano. Weinstein foi acusado várias vezes de agressões sexuais contra mulheres e agora um novo julgamento será realizado. As informações são da agência de notícias Associated Press.
De acordo com a Justiça, o juiz que condenou Weinstein em 2020 prejudicou-o pessoalmente. O tribunal alega que o magistrado incluiu no processo depoimentos de testemunhas que não estavam envolvidas na ação.
A juíza Jenny Rivera afirmou: “Concluímos que o tribunal de primeira instância admitiu erroneamente depoimentos de supostos atos sexuais anteriores, não acusados, contra pessoas que não foram os denunciantes dos crimes subjacentes, porque esse depoimento não serviu a nenhum propósito material de não propensão”.
As acusações contra Weinstein começaram em 2017 quando um grupo de mulheres o denunciou por agressões sexuais. Posteriormente, outras mulheres aderiram ao movimento e começaram a compartilhar histórias de abuso com a hashtag #MeToo nas redes sociais.
Apesar da anulação da condenação, Weinstein permanecerá preso devido a outra condenação por estupro em um tribunal de Los Angeles. Essa outra sentença, de 16 anos de prisão, foi proferida em 2022. Atualmente, Weinstein está em uma prisão de Nova York.
Weinstein, que tem 72 anos, teve sua condenação de 23 anos de prisão anulada. Essa condenação referia-se a dois casos: um por ter praticado sexo oral forçado na ex-assistente de produção Mimi Haleyi, em julho de 2006, e outro por estupro em terceiro grau da ex-atriz Jessica Mann, em março de 2013.