Na quinta-feira (11) o Banco Central da República da Argentina (BCRA) anunciou um corte de 10 pontos percentuais na principal taxa de juros, reduzindo-a de 80% para 70%.
Em um comunicado, o BCRA mencionou uma “desaceleração pronunciada” da inflação no país. A autoridade monetária prevê que essa desaceleração ocorrerá apesar do forte impacto estatístico das altas taxas de inflação nos meses anteriores.
O Banco Central também destacou a moderação na emissão monetária, uma situação que permitiu uma “melhora” no balanço do próprio Banco Central da Argentina. Este cenário proporcionou a oportunidade para resolver os desequilíbrios resultantes da monetização do déficit fiscal. “Dessa forma, estamos avançando em direção à meta de financiamento acumulado igual a zero para o ano de 2024”, enfatizou o BCRA, antes de fazer referência ao acordo estabelecido em um memorando de políticas econômicas e financeiras com o Fundo Monetário Internacional (FMI).
O BCRA também ressaltou ainda a “ampla aceitação” dos Bônus para a Reconstrução de uma Argentina Livre. Estes são uma série de títulos em dólar emitidos no início do governo do presidente Javier Milei .
Em fevereiro, o índice de preços ao consumidor da Argentina subiu 13,2% em comparação com o mês anterior, uma desaceleração em relação ao aumento de 20,6% em janeiro. Nesta sexta-feira (12), o Instituto Nacional de Estatísticas e Censos divulgará os dados de março deste indicador.