A cultura woke, um tipo de marxismo cultural enraizado e uma ideologia radical de esquerda, despertou o interesse do pesquisador e escritor americano James Lindsay , de 45 anos. Fruto de seus estudos, o norte-americano expõe áreas impregnadas por ideologias políticas que, segundo ele, ameaçam a liberdade individual e a integridade das instituições. Por isso, considera que a "cultura woke é uma tragédia que o Brasil pode evitar".
Antes de se aprofundar nessa teoria, o escritor, que também é doutor em Matemática pela Universidade do Tennessee, possuía ideais mais voltados para o campo progressista. Ele chegou a apoiar candidatos democratas e a se voluntariar em campanhas do partido. No entanto, foram os estudos sobre a cultura woke que o fizeram mudar de ponto de vista. Recentemente, lançou sua última obra, Como Desarmar a Cultura Woke: Manual de Campo para Recuperar o Bom Senso.
Em entrevista à Gazeta do Povo, ele discorreu sobre o método de ensino "freireano", os cancelamentos e o ativismo de consumo. Em relação aos ideais progressistas implementados no sistema educacional, James Lindsay sugeriu alguns métodos que podem ser adotados por pais conservadores para proteger seus filhos da influência das ideologias de justiça social: "Os pais podem e devem proteger seus filhos da exposição excessiva a essas ideologias. Em segundo lugar, os pais precisam preparar seus filhos para viver e crescer em um mundo onde essas ideologias são atualmente prevalentes, se não dominantes", afirmou o escritor.
O novo livro do norte-americano também aborda o método de ensino propagado pelas teorias de Paulo Freire , sobre as quais Lindsay faz algumas críticas. "O método de Freire permitiu que esses radicais marxistas nas escolas escondessem a lição marxista dentro de uma lição comum. Se pais, diretores e superintendentes não soubessem que o marxismo estava oculto dentro do currículo, eles não poderiam reclamar. É por isso que chamei o método de Freire de 'roubo da educação'. Ele rouba das pessoas uma educação verdadeira ao oferecer-lhes uma falsificação disfarçada. O resultado, todos podemos ver: crianças que acabam muito radicalizadas, mas que não conseguem ler, escrever, fazer contas ou aprender ciências e História", explicou Lindsay.
Ele ainda comentou sobre o potencial agravamento da cultura do cancelamento ao longo do tempo: "Nunca, na história da humanidade, a 'cultura do cancelamento' foi pior do que na União Soviética, na República Popular da China e em outros países comunistas. Eu me preocupo mais com países como o Brasil, a Coreia e o Japão, além de alguns países da Europa, que estão mais no começo desse arco de ataque. Espero que aprendam com os Estados Unidos e com a verdadeira história dessas ideias e possam ser poupados de grande parte dos danos da 'cultura do cancelamento', que é simplesmente a cultura de expurgo comunista renascida em novos lugares. Quanto mais cedo as pessoas entenderem o que isso realmente é, menos danos causará", esclareceu o autor.