A Justiça determinou a soltura de Micaely Kessia Gomes Virgílio, William de Sousa Teófilo e Karina Ellen do Carmo Sousa, acusados de participação no duplo assassinato das adolescentes teresinenses, Joyce Ellen dos Santos Moreira e Maria Eduarda de Sousa Lira, que foram mortas e enterradas em uma cova rasa no dia 20 de março do ano de 2021, em Timon, região metropolitana de Teresina. A decisão é dessa terça-feira (28).
Na decisão, o juiz Rogerio Monteles da Costa ressaltou que os acusados Micaely Kessia Gomes Virgilio, Willian de Sousa Teófilo e Karina Ellen do Carmo Sousa responderam presos toda a instrução criminal e no último dia 13 de novembro de 2024 tiveram suas prisões reexaminadas e mantidas a preventiva.
“Contudo, constata-se que os três acusados estão presos desde o ano de 2021 sem que, até o presente momento, tenham sido submetidos a julgamento, o que ocorreria nesta quarta-feira (29), contudo o ato fora designado para o próximo dia 30/4/2025, ou seja, perdurando mais 90 (noventa) dias de prisão sem que a parte ré houvesse dado causa ao adiamento do ato. Tal situação não pode ser atribuída aos acusados ao ponto de ficarem custodiados provisoriamente por todo este tempo superior a 3 (três) anos”, destacou o juiz.
Em razão disso, o magistrado destacou o excesso de prazo de prisão configurado nos autos e relaxou as prisões de Micaely Kessia Gomes Virgilio, Willian De Sousa Teofilo e Karina Ellen do Carmo Sousa para que possam responder ao processo em liberdade.
Entenda o caso
Conforme denúncia, os réus, de forma voluntária e com unidade de desígnio, mediante o uso de armas brancas – pá, picaretas e tacos/bastões de madeira –, puseram fim a vida das adolescentes Joyce Ellen dos Santos Moreira e Maria Eduarda de Sousa Lira, no dia 20 de março de 2021, por volta das 17 horas, no morro do bairro Parque Aliança, no município de Timon.
Segundo o inquérito, as vítimas foram levadas até a casa de Erika Layane, que figura, supostamente, com função de liderança dentro da célula criminosa do Bonde dos 40, após a vítima Maria Eduarda de Sousa Lira ter postado uma foto da integrante da organização criminosa Gisele Vitória Silva Sampaio, vulgo “Sereia”, em que ela aparecia dentro de uma vala. Consta que, tão logo as vítimas chegaram à casa de Erika Layane de Sousa Santos, iniciou-se o julgamento das vítimas, tendo sido recolhido seus celulares.
Ao realizarem uma busca nos celulares das vítimas, os acusados encontraram fotos delas com supostos integrantes da facção PCC, tendo encontrado ainda, no celular da vítima Maria Eduarda, prints de redes sociais de membros do Bonde dos 40, material este que supostamente estaria sendo repassado para membro do grupo rival.
“Diante de tais informações, bem como tendo a vítima Joyce Ellen dito que “Sereia” foi levada, por “Rian”, de sua casa, em uma motocicleta, o “tribunal” decretou a morte das vítimas, por serem integraram/eram simpatizantes da organização criminosa rival”, diz trecho da denúncia.
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