O jovem Rodrigo Gonçalves Lima, assassinado a tiros na noite dessa segunda-feira (22) em Timon, pode ter sido executado por uma facção criminosa. Tal possibilidade é considerada pelo delegado Otávio Chaves, titular da Delegacia de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP).

Segundo o delegado, o jovem de 28 anos foi morto na porta de casa, no bairro Joia, com, ao menos, dez disparos de arma de fogo. A grande quantidade de tiros faz a polícia suspeitar de que se trata de uma execução em meio a disputa de grupos criminosos.

Foto: Lucas Dias/GP1
Delegado Otávio Chaves

“Não dá para a gente precisar, mas pela característica é um crime bem característico de facção, essa execução. Eles querem vários disparos, para demonstrar o poder frente aos rivais, e estamos vendo se o Rodrigo tinha alguma ligação, se no bairro dele predomina uma facção e se ele pode ter sofrido um ataque de rivais”, destacou o titular do DHPP.

Ainda conforme o delegado, até o momento os investigadores encontraram apenas uma passagem de Rodrigo pela polícia, por posse de droga para consumo pessoal. “O Rodrigo só teve a princípio uma condução, isso há três anos, e foi só por porte de droga para consumo próprio, não tem nenhum processo, a gente está levantando ainda com mais precisão para saber se ele tem alguma condenação, algum processo por um crime mais grave”, completou.

Execução

O delegado comentou a audácia do autor do homicídio, que chegou na porta da casa de Rodrigo em uma motocicleta e efetuou diversos disparos, diante da família da vítima. “Ele estava na porta de casa com amigos, familiares, quando chegou um sujeito na motocicleta, efetuou mais de dez disparos, inclusive com risco de acertar crianças, mulheres que estavam lá. A gente está no intuito de identificar quem é o sujeito”, completou a autoridade policial.