Marcelo Negão era o último integrante de uma quadrilha responsável pelos assaltos aos bancos do Brasil e Caixa Econômica Federal, ocorridos em abril deste ano.
De acordo com o coronel, além dos policiais que foram presos pelo GRECO, outros três PMs não se apresentaram à Polícia Civil e ainda não foram localizados.
“Considerando que o foco dos mesmos eram grandes cargas, eu diria que semanalmente o valor apurado pelo grupo era de R$ 50 mil, isso por baixo", disse o delegado Gustavo Jung, do Greco.
Rudson Vieira Batista da Silva, de 32 anos, foi baleado na noite desse domingo (01), durante um desentendimento com um policial militar em um bar no Buenos Aires, zona norte de Teresina.
De acordo com o delegado Odilo Sena, titular do 21º Distrito Policial, as vítimas estavam em casa, quando o suspeito arrombou a porta do imóvel e ameaçou os idosos com uma faca.
Nos áudios gravados, os policiais se organizavam entre si para roubarem cargas de cigarros, extorquirem comerciantes, e subtraírem drogas de algumas bocas de fumo.
Ao todo foram presos nove policiais militares, um policial civil, um ex-policial militar e um não policial. Foram apreendidas ainda quatro revólveres, uma calibre 32 e uma pistola.
Como modo para coagirem os criminosos a pagarem algum valor financeiro, os policiais iam presencialmente em bocas de fumo, onde armas de fogo e entorpecentes eram levados.
De acordo como o delegado Odilo Sena, existem testemunhas que relataram em depoimento que os policiais presos quebravam bocas de fumo e em seguida entregavam o local para outro traficante.
"Eu não sei por qual motivo o GAECO abriu esse procedimento, mas a gente está aberto e de mãos limpas para dizer que temos que respeitar a Justiça", declarou o ex-gestor.
Com a intenção de restituir os veículos, foi confeccionada uma cartilha com a finalidade de divulgar os bens para que os proprietários tomem ciência da localização.
Em entrevista ao GP1 o delegado Odilo Sena informou que a dupla agia associada a traficantes da região e utilizava-se da função de policial para roubar e facilitar o comércio de drogas.
O suspeito foi casado com a vítima durante 15 anos e alegou ter cometido o crime por não aceitar o fim de relacionamento com a vítima. A decisão é desta quinta-feira (28).