Izabella Furtado
O ex-deputado estadual de São Paulo, Douglas Garcia, foi agredido fisicamente nessa quarta-feira (26), na Pontifícia Universidade Católica de São Paulo (PUC-SP). O incidente ocorreu enquanto Garcia distribuía um material produzido pelo vereador paulistano Rubinho Nunes (União), defendendo a anistia aos participantes do 8 de janeiro e a mobilização nacional programada para o dia 6 de abril.
Testemunhas relatam que um grupo de militantes de esquerda cercou o ex-deputado, agredindo-o fisicamente e danificando o material de divulgação que ele estava distribuindo. Segundo a assessoria de Garcia, ele sofreu escoriações, mas não teve ferimentos graves. O ex-deputado não reagiu aos ataques e foi socorrido por pessoas que estavam no local.
Douglas Garcia se pronunciou sobre a agressão, afirmando: “Fui covardemente agredido por indivíduos que não toleram o contraditório. Estava exercendo meu direito constitucional à liberdade de expressão e de manifestação, sem agredir ninguém, quando fui atacado. A violência ideológica no ambiente acadêmico precisa ser combatida com firmeza. Não vão me intimidar".
Em nota, a assessoria de Garcia expressou "total repúdio aos atos de violência e intolerância registrados dentro de uma universidade que deveria ser símbolo do livre debate de ideias". A equipe ainda declarou que "é inaceitável que a divergência ideológica seja tratada com agressão física".
Denúncia às autoridades
A equipe do ex-deputado informou que o caso será levado às autoridades competentes, e que todas as medidas legais serão tomadas para identificar e responsabilizar os agressores. A PUC-SP, até o momento da publicação desta reportagem, não se pronunciou oficialmente sobre o ocorrido.
Trajetória política e polêmicas
Douglas Garcia, que tem sido uma figura polêmica, foi um dos principais defensores de pautas como o movimento antiaborto, a oposição à legalização das drogas e a revogação do Estatuto do Desarmamento. Em sua trajetória política, foi líder do movimento conservador Direita São Paulo e participou de manifestações em apoio ao impeachment da ex-presidente Dilma Rousseff (PT).
Ele foi eleito deputado estadual de São Paulo em 2018, com 74.351 votos pelo Republicanos, mas não foi reeleito nas eleições de 2022. Atualmente, Garcia é filiado ao União Brasil.
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