Nesta quinta-feira (27), o Ministério da Defesa do regime comunista da China lançou uma ameaça contra Taiwan, ilha governada democraticamente e considerada uma província rebelde por Pequim. O porta-voz da pasta, Wu Qian, advertiu as autoridades taiwanesas, controladas pelo Partido Progressista Democrático (DPP).
“Vamos pegar vocês, mais cedo ou mais tarde”, disse durante uma coletiva de imprensa.
A fala aconteceu após a divulgação de um relatório que aponta que Taiwan aumentará a duração da fase de fogo real de seu exercício militar Han Kuang 41 e mobilizará até 3 mil soldados da reserva.
Pequim considera que a ação foi incentivada pelos Estados Unidos e Wu acusou Washington de usar Taiwan como peça de sua estratégia para conter a China. Ele alertou ainda que essa abordagem trará consequências negativas para os envolvidos. A intimidação verbal de Pequim acontece em um momento de intensificação das ações militares na região.
Na quarta-feira (26), o Ministério da Defesa de Taiwan informou que a China estabeleceu uma área para exercícios militares com fogo real na parte sudoeste do Estreito de Taiwan, próxima às estratégicas cidades de Kaohsiung e Pingtung. A cidade de Taipei condenou a ação, classificando-a como perigosa e provocativa, além de alertar que os exercícios ameaçam a segurança da navegação comercial e do tráfego aéreo.
O órgão relatou ainda que, nas últimas 24 horas, foram detectadas 45 aeronaves militares chinesas e 14 navios da Marinha do país operando ao redor da ilha. Sete desses navios estavam dentro da zona de treinamento declarada pela China, a apenas 40 milhas náuticas de Taiwan. Contudo, fontes do governo taiwanês informaram à agência Reuters que não houve disparos reais na área e que a situação não escalou para um confronto militar.
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