A Arábia Saudita informou que proibirá o consumo de álcool durante a Copa do Mundo de 2034. Khalid bin Bandar Al Saud, embaixador saudita no Reino Unido, ressaltou que o país não abrirá mão de sua legislação a fim de se ajustar a culturas estrangeiras. Contudo, a organização não governamental Anistia Internacional (AI) teme possíveis violações aos direitos humanos durante o evento esportivo.
Nesta quarta-feira (12), durante entrevista na rádio britânica Leading Britain’s Conversation, Bandar Al Saud disse que a proibição do consumo de álcool na Copa do Mundo de 2034 é inegociável. A proibição ocorre devido à sharia, o conjunto de leis muçulmanas derivadas do Alcorão e do hadith, onde é reunido os ditos e tradições atribuídos ao profeta islâmico Maomé. As transgressões mais severas às leis islâmicas, como a homossexualidade, podem levar à aplicação dos hudud, ou seja, penalidades mais rigorosas, mas essas penalidades podem variar conforme as interpretações locais e culturais dentro do mundo islâmico.
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Sobre a presença de homossexuais nos jogos, o embaixador ressaltou que a Copa do Mundo não se trata de um evento saudita, mas sim mundial e que todos que viajarem ao país serão bem-vindos.
Em novembro de 2024, a AI alertou a Federação Internacional de Futebol (Fifa) contra a escolha da Arábia Saudita para sediar a Copa de 2034, onde Steve Cockburn, chefe do setor de direitos humanos da ONG, demostrou preocupação com o sistema trabalhista do país para a construção da infraestrutura do evento esportivo.
A Copa do Mundo de 2034 também é vista por alguns críticos como uma forma de melhorar a imagem de um país ou região com um histórico político ou cultural negativo.
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