Em uma matéria de economia publicada na Edição 259 da Revista Oeste, o jornalista Carlo Cauti detalhou os planos de Donald Trump para sua nova política comercial. Segundo o presidente dos Estados Unidos, as tarifas sobre produtos importados têm o objetivo de equilibrar o que ele considera um cenário desfavorável ao país.
“Vários países impuseram tarifas alfandegárias contra nós por décadas”, disse o presidente mencionando China, União Europeia, Brasil, México e Canadá como exemplos. "Agora é nossa vez de começar a usá-las contra eles", declarou.
Atualmente, os EUA aplicam uma tarifa média de 2,72% sobre bens importados, enquanto países como Brasil (12,38%), Índia (14,26%) e China (6,54%) impõem tarifas mais altas. Para Trump, essa diferença tem contribuído para o aumento do déficit comercial dos Estados Unidos, que alcançou um recorde de US$ 1,3 trilhão em 2024.
Trump ataca novamente
Para tentar reverter esse quadro, Trump propõe o aumento das tarifas, com o objetivo de tornar os produtos estrangeiros menos competitivos no mercado interno e estimular a produção nacional. Segundo a Tax Foundation, essa medida poderia reduzir as importações em até 15% e gerar uma receita adicional de cerca de US$ 100 bilhões por ano para o governo dos EUA.
A resposta internacional já começou a aparecer. O Canadá classificou a decisão de Trump como “muito burra” e anunciou tarifas retaliatórias. China e União Europeia seguiram o exemplo, sinalizando que a guerra comercial pode se intensificar. Cauti observa que “esses impostos alfandegários podem ter efeitos negativos sobre a economia dos EUA, como aumento significativo dos custos de produção, interrupção das cadeias de suprimentos, perda de centenas de milhares de empregos e, por fim, elevação dos preços ao consumidor”.