O crime organizado na Argentina está em colapso devido à ofensiva do governo de Javier Milei contra o narcotráfico. Em entrevista à Reuters, a ministra da Segurança, Patricia Bullrich, afirmou que as ações de repressão às gangues bloquearam rotas de exportação de cocaína e reduziram significativamente os homicídios, especialmente em Rosario, cidade que era um dos principais focos da violência ligada ao tráfico de drogas.

A Argentina sempre ocupou uma posição estratégica no tráfico internacional, servindo como ponto de distribuição da cocaína proveniente da Bolívia e do Peru para o mercado europeu, principalmente através do porto de Rosario. No entanto, segundo Bullrich, as medidas implementadas pelo governo Milei conseguiram interromper esse fluxo.

Foto: Tânia Rêgo/Agência Brasil
Javier Milei

Dados do Ministério da Segurança apontam que, desde o início da atual gestão, não foram registradas remessas de cocaína partindo da Argentina para portos europeus. Rosario, historicamente um epicentro do narcotráfico no país, vinha apresentando um aumento alarmante da violência nos últimos anos. Em 2024, foram registrados 90 homicídios na cidade, o menor número da última década, segundo estatísticas locais divulgadas pela Reuters. Para efeito de comparação, em 2023, durante o governo peronista de Alberto Fernández, o total de assassinatos ultrapassou 200.

"Decidimos atacar duramente as gangues", declarou Bullrich, destacando que a colaboração entre o governo federal e as administrações locais foi essencial para os avanços na segurança, assim como o endurecimento das decisões judiciais.

Outra medida adotada foi o isolamento dos chefes do crime organizado que já estavam presos, impedindo que continuassem comandando suas operações de dentro das penitenciárias. Além disso, o governo reforçou o controle das fronteiras com a Bolívia e o Brasil, principais rotas de entrada da droga que abastecia o crime no país.