Na manhã desta sexta-feira (21), o governo de Israel confirmou que recebeu do Hamas uma lista com os nomes de seis reféns vivos que estão na Faixa de Gaza e que serão libertados neste sábado (22). O gabinete do primeiro-ministro Benjamin Netanyahu informou que as famílias dos reféns já foram notificadas sobre a libertação.
Antes da confirmação oficial de Israel, o porta-voz do braço armado do Hamas, Abu Obeida, havia anunciado em comunicado que as seis vítimas mantidas em cativeiro no enclave palestino seriam libertadas.
"No âmbito do acordo da Tormenta de al-Aqsa para a troca de prisioneiros, as Brigadas al-Qassam (braço armado do Hamas) decidiram libertar amanhã os seguintes prisioneiros sionistas: Eliya Maimon, Yitzhak Cohen, Omer Shem Tov, Omer Wenkrat, Tal Shoham, Avera Mengitsu e Hisham al Sayed", dizia o comunicado.
A situação ocorre em meio à polêmica envolvendo o Hamas, que admitiu um erro na devolução de restos mortais a Israel. Na quinta-feira (20), o grupo entregou quatro corpos, mas as autoridades israelenses confirmaram que um deles não pertence à refém Shiri Bibas, como havia sido divulgado inicialmente.
Segundo os militares israelenses, esse equívoco representa uma "violação de extrema gravidade" do acordo firmado entre as partes. O corpo ainda não foi identificado. As autoridades confirmaram que dois dos corpos devolvidos pertencem aos filhos de Shiri Bibas, Ariel e Kfir. No entanto, durante o processo de identificação, foi determinado que o quarto corpo recebido não era o de Shiri Bibas, e não houve correspondência com nenhum outro refém desaparecido.
Família Bibas
O marido de Shiri, Yarden Bibas, que foi libertado no início deste mês como parte de um acordo de trégua, e os demais familiares foram informados sobre a situação. A família Bibas tornou-se um dos símbolos do ataque do Hamas a Israel em 7 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra em Gaza. As Forças de Defesa de Israel (IDF) afirmaram que investigações de inteligência e análises forenses indicam que os filhos de Bibas foram assassinados por integrantes do Hamas. O grupo, por sua vez, alega que as crianças e sua mãe teriam morrido em um bombardeio israelense.