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Goiânia - Goiás

MP investiga manipulação no Brasileirão Série A; veja jogos suspeitos

Até então, apenas jogos de campeonatos estaduais estavam sob investigação a não haviam chegado à Série A.

O Ministério Público de Goiás deflagrou uma operação nesta terça-feira (18), denominada Penalidade Máxima, e anunciou que seis jogos da Série A do Campeonato Brasileiro 2022 estão sob investigação por suspeita de manipulação de resultado.

Dentre os jogos investigados, quatro deles aconteceram na rodada 36 do Brasileirão. Os promotores afirmam que não é possível apontar com certeza se há dolo praticado pelos atletas. O aliciamento, porém, é uma certeza da investigação.


Foto: Divulgação/MP-GOPromotores falam em coletiva sobre a operação Penalidade Máxima
Promotores falam em coletiva sobre a operação Penalidade Máxima

“São seis partidas que temos indícios, que houve promessa ou entrega de benefícios. Para configurar o crime, basta a promessa de vantagem esportiva. Provas foram recolhidas na primeira fase [da operação], extratos bancários, conversas em aparelhos eletrônicos, além de 20 interrogatórios.”, disse Fernando Cesconetto, do Ministério Público de Goiás, em entrevista coletiva que você pode conferir por completo aqui.

Confira aqui a lista dos jogos investigados pelo Ministério Público

Santos x Avaí (5/11) – suspeita de tentativa de cooptação de atleta do Santos para tomar cartão amarelo

Red Bull Bragantino x América-MG (5/11) – aliciamento de atleta do Bragantino para cartão amarelo

Goiás x Juventude (5/11) – aliciamento de dois atleta do Juventude para levar cartão amarelo

Cuiabá x Palmeiras (6/11) – mais uma tentativa de aliciamento de atleta do Cuiabá para receber cartão amarelo

Santos x Botafogo (10/11) – atleta cooptado para levar cartão vermelho

Juventude x Palmeiras (10/09) – aliciamento de jogador do Juventude para levar cartão amarelo.

Os nomes dos atletas não foram revelados pela investigação do MP. Segundo o promotor Cesconetto, o fato de que as tentativas foram identificadas não quer dizer que os jogadores tenham cometidos os ilícitos.

“A investigação se centra no crime de organização criminosa, bem como em crimes de corrupção no âmbito desportivos previstos no estatuto o torcedor. Jogador envolvido que solicita ou aceita vantagem indevida para promover qualquer alteração de evento, não só resultado, tanto ele pode responder quem alicia. Essa pessoa que dá ou promete vantagem pode responder por um crime com pena de dois a seis anos de prisão. O jogador, quem solicita ou aceita vantagem, também responde”, finalizou Cesconetto.

De acordo com o MP-GO, as quantias envolvidas no aliciamento giravam em torno de R$ 50 a R$ 60 mil por atleta para cada evento. Nos estaduais, os valores variam entre R$ 70 e R$ 100 mil. Nenhum atleta foi preso hoje.

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