O meio-campista Gerson, capitão do Flamengo, enviou uma carta ao presidente do Sindicato dos Atletas de Futebol do Estado do Rio de Janeiro (Saferj), Alfredo Sampaio, solicitando a mudança dos horários dos jogos do Campeonato Carioca. O pedido foi feito após uma reunião entre o elenco e a diretoria do clube.
Na carta, Gerson demonstrou preocupação “com a integridade física de todos que atuam no futebol carioca”, devido às altas temperaturas nos horários dos confrontos. O Flamengo já havia conseguido alterar o horário do clássico contra o Vasco, que foi remarcado para às 21h45, pelo mesmo motivo.
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“No verão do Rio de Janeiro, as temperaturas frequentemente ultrapassam os 35°C, com sensação térmica ainda maior. Nessas condições, disputar partidas do Campeonato Carioca às 16h30 representa um risco significativo para nós, jogadores. Nosso pleito é simples e urgente: a revisão dos horários das partidas para evitar que sejamos expostos a essas condições extremas. Nossa profissão exige sacrifícios, mas colocar nossa saúde em risco desnecessariamente não pode ser uma exigência do jogo”, consta um trecho da carta.
Na tarde desta segunda-feira (17), a cidade do Rio de Janeiro entrou no estágio calor 4, caracterizado por índices de altas temperaturas, entre 40ºC e 44ºC, com previsão de aumento por, pelo menos, três dias consecutivos.
Confira a carta de Gerson na íntegra
Escrevo não apenas como jogador, mas como capitão do Flamengo e, sobretudo, como um atleta preocupado com a integridade física de todos os jogadores que atuam no futebol carioca.
No verão do Rio de Janeiro, as temperaturas frequentemente ultrapassam os 35°C, com sensação térmica ainda maior. Nessas condições, disputar partidas do Campeonato Carioca às 16h30 representa um risco significativo para nós jogadores.
Nosso pleito é simples e urgente: a revisão dos horários das partidas para evitar que sejamos expostos a essas condições extremas. Nossa profissão exige sacrifícios, mas colocar nossa saúde em risco desnecessariamente não pode ser uma exigência do jogo. Por isso, acreditamos que o Sindicato dos Atletas de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, sob sua liderança, pode e deve se envolver nessa questão.
Tenho certeza que este não se trata de um pedido apenas do Flamengo, mas de todos os jogadores que atuam no Campeonato Carioca. Contamos com seu apoio para abrir esse diálogo e buscar uma mudança que beneficie todos os profissionais do futebol.
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