As escandalosas palmas que se seguiram após Luis Rubiales afirmar que não deixaria a Real Federação Espanhola de Futebol (RFEF) por um “selinho consentido” em Jenni Hermoso fizeram notar ainda mais como a sociedade espanhola tem se moldado. Mas, se de um lado Rubiales optou por “cair atirando”, do outro lado, as atletas não recuaram.
Jogadoras, companheiras de time e ex-atletas se manifestaram de maneira descontente contra o dirigente espanhol, que chegou a afirmar que estava sendo perseguido por um “falso feminismo”. O atacante do Betis e selecionável, Borjas Iglesias, anunciou que não voltará a vestir a camisa da Seleção Espanhola enquanto Rubiales permanecer na cadeira de presidente. De Gea, Putellas, Iker Cassilas também se manifestaram a favor de Hermoso.
As atletas, através do Sindicato dos Atletas Profissionais, se pronunciaram e ressaltaram um “rotundo condenação diante das condutas que tem atentado contra a dignidade das mulheres”. O manifesto também foi espaço utilizado por Hermoso para reivindicar seu lado da história e “desmentir rotundamente que consentiu com o beijo dado por Rubiales na final da Copa do Mundo”.
“Quero esclarecer, que como se viu nas imagens, em nenhum momento consenti com o beijo que me deu e, por suposta, em nenhum caso busquei elevar o presidente. Não tolero que se coloque em dúvida minha palavra e muito menos que se inventem palavras que não disse”, escreveu Hermoso na nota apresentada pelo FUTPRO. Confira a nota completa em espanhol.
???? Las jugadoras de la @SEFutbolFem, campeonas del mundo y otras futbolistas, en apoyo a @Jennihermoso , manifiestan su firme condena ante conductas que han atentado contra la dignidad de las mujeres.
— FUTPRO (@futpro_es) August 25, 2023
El comunicado queda abierto a las futbolistas que se quieran adherir#seacabo pic.twitter.com/PW91SW9Ts0
O caso de Rubiales foi apresentado ao Tribunal Administrativo do Esporte (TAE) da Espanha através do Conselho Superior do Esporte (CS), órgão ligado ao Ministério da Cultura e Esporte da Espanha e a expectativa é que o dirigente seja suspenso da presidência da RFEF.
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