O Brasil começou a Copa do Mundo com o pé direito. Depois dos 15 minutos iniciais, de estudo da iniciante seleção panamenha, as Guerreiras do Brasil se soltaram e o jogo começou a fluir de maneira muito mais natural. E é com a mesma fluidez que Marta iniciou a entrevista com a Cazé TV após a ótima vitória por 4 a 0 diante do Panamá, que colocou o Brasil na liderança do grupo.
Ao lado de Ary Borges e Bia Zaneratto, autoras dos gols da seleção, Marta se emocionou ao ser questionada sobre a importância do momento ali vivido desde que o hino nacional começou a ser tocado. “É uma honra estar aqui com vocês. Eu sempre me emociono na hora do hino, sempre a garganta fica complicada”, disse a camisa 10 da Seleção Brasileira.
Em sua sexta participação em Mundiais – o que no Brasil significa apenas uma Copa a menos que Formiga, a recordista entre homens e mulheres, com sete atuações -, a Rainha exaltou as mudanças.
“Eu voltei há 20 anos, lembrei da minha primeira Copa, um momento bem diferente do que a gente vive hoje. Chorona”, relatou a camisa 10. A
Questionada sobre o que está diferente? a craque respondeu:
“Tudo. O ambiente, a maneira como as pessoas veem o futebol feminino, a questão da mídia, as pessoas acompanhavam, mas não era tanto. A gente tá batendo recordes e recordes, não é à toa que a gente está vendo tantos jogos equilibrados aonde antes eram goleadas. A gente tá vendo alguns jogos que as favoritas não estão dando show como era antes porque evoluiu tudo e isso é bacana de ver, mostra que o trabalho está sendo feito e eu fico emocionada demais”, salientou Marta, sempre uma voz ativa em busca da profissionalização do futebol feminino no Brasil.
Ainda há muito a ser feito em termos de fomento ao esporte feminino no Brasil. Aqui, a diferença de investimentos já chegou a ter uma diferença de 100 x de acordo com a Revista Exame. Em 30 de março, o presidente da República, Lula e a ministra do Esporte, Ana Moser, anunciaram em conjunto com a CBF um decreto que cria a Estratégia Nacional para o Futebol Feminino, com o intuito de trazer a Copa do Mundo de 2027 para as terras de pindorama. O decreto fala sobre desenvolvimento do futebol feminino nos níveis armador e profissional, participação de mulheres em gestão, arbitragem e direção técnica, além de instalação de centros de treinamentos específicos.
A Seleção Brasileira curte sua primeira vitória, mas já dormirá com os pensamentos na Cidade Luz. As Guerreiras do Brasil encaram a França, no sábado (29), às 7h, no Estádio de Brisbane, na Austrália.
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