Nessa quinta-feira (29), o Tribunal de Justiça de São Paulo acatou o pedido da defesa de Gustavo Scarpa para que William Bigode vire réu em processo por suspeita de fraude no caso de investimentos em criptomoedas. Além do atacante, sua esposa e sócia Loisy Coelho e a outra Sócia Camila Moreira foram incluídas como réus.
Entenda o caso
O processo movido pelos jogadores Gustavo Scarpa e Mayke aponta que partiu de Willian e de sua sócia Camila Moreira a sugestão de investimentos na XLand, que ofereceria uma rentabilidade de 2% a 5% sobre o valor investido. Scarpa aplicou R$ 6,3 milhões, enquanto o lateral e sua mulher, Rayanne de Almeida, investiram R$ 4,5 milhões.
Após os valores aplicados os problemas com a XLand começaram e em meados de 2022, quando os jogadores do Palmeiras tentaram resgatar a rentabilidade, mas não tiveram sucesso. Após seguidas negativas e adiamentos da empresa. Mais tarde, eles tentaram romper o contrato, mas também não receberam o valor devido.
Decisão
O juiz Daniel Fadel de Castro, alegou que apesar do documento ser assinado somente com a XLand não tira os prejuízos causados pela empresa de Wiliam e suas sócias na WLJC Consultoria e Gestão Empresarial, pois foram os interlocutores na negociação.
“O fato de o contrato ser formalizado pelo autor apenas com a empresa Xland não afasta a eventual responsabilidade solidária da WLJC pelos alegados prejuízos materiais causados ao consumidor, eis que aproximou o cliente da prestadora de serviços e, portanto, participou da cadeia de fornecedores, sobrevindo daí, em tese, sua legitimidade solidária pelos danos porventura sofridos pelo consumidor”, explicou o juiz.
O advogado de William, Bruno Santana, entrou nesta sexta-feira (30) com Embargos de Declaração, por entender que há contradição e omissão na decisão do magistrado. Os argumentos são de que não há clareza se o único contrato firmado foi com a Xland ou demais réus, bem como, não ter o juízo estendido a decisão a todos os réus do processo.
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