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Esportes

Presidente da CBF usa Série C como exemplo de combate ao racismo

A entidade encaminhou documento à FIFA onde pede medidas esportivas e jurídicas em casos de racismo.

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) enviou documentos à FIFA solicitando que a entidade tome medidas esportivas e jurídicas para combater os casos de racismo no futebol. O documento é uma resposta aos atos racistas sofridos por Vinícius Junior. Além disso, o presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, usou como exemplo a condução do caso ocorrido no jogo entre Altos e Ypiranga-RS, em Teresina, quando um torcedor foi preso por cometer injúria racial.

Buscando medidas mais incisivas contra os casos de racismo, o presidente utilizou como exemplo a condução do caso ocorrido no último sábado (20), durante a partida entre Altos e Ypiranga-RS, válida pela Série C do Campeonato Brasileiro. Na ocasião, um torcedor do Altos chamou o goleiro do Ypiranga, Caíque, de "uva preta". Ao ouvir a ofensa, o goleiro acionou o árbitro, que identificou o agressor e o conduziu à Central de Flagrantes.


Foto: Thais Magalhães/CBFEdnaldo Rodrigues, presidente da CBF
Ednaldo Rodrigues, presidente da CBF

“O atleta identificou o criminoso, o árbitro paralisou o jogo e o agressor foi preso. Um exemplo do que deve ser feito. Temos sempre colocado para as autoridades para que se puna de forma severa. Não queremos que fiquem só na aplicação de multas. É um dinheiro que a CBF não quer para os seus cofres. Receber receita para liberar um racista é algo que não queremos. A CBF quer que o culpado, seja clube, atleta ou torcedor, pague pelo que é crime, racismo é crime”, pontuou o presidente da CBF.

Durante a partida entre o Real Madrid, time de Vini Jr, e Valencia no último domingo (21), o atacante brasileiro mais uma vez foi vítima de racismo. Na ocasião, torcedores do Valencia chamaram Vinícius de “macaco”. Por conta disso, a partida foi paralisada, mas o atacante acabou sendo expulso após reagir contra um adversário que estava lhe aplicando um “mata leão”.

Após o acontecimento, o presidente da CBF mostrou a sua indignação e prestou apoio ao jogador brasileiro de imediato, onde mandou mensagens ainda no domingo (21). Após isto, o documento foi encaminhado para a FIFA e uma cópia foi enviada para a Uefa, Conmebol, para Federação Espanhola de Futebol e para Vinícius Junior.

“Não se pode mais ficar sendo apenas solidário com as vítimas do racismo, tem que ter um comprometimento de todas as autoridades. Esse tipo de crime pode ser combatido com penas desportivas. A CBF foi a primeira entidade que teve coragem em incluir no seu regulamento de competições penas desportivas para esse tipo de crime. Eu entendo que Conmebol, Uefa e Fifa têm também que fazer isso”, declarou Ednaldo Rodrigues.

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