Novos desdobramentos do julgamento do caso de racismo de torcedores do Atlético de Madrid contra Vinicius Júnior vieram à tona e agora o promotor do caso solicitou pena de quatro anos de prisão para os aficionados por crime de ódio contra o atacante do Real Madrid.
Para recordar, o julgamento acontece após uma ala radical de torcedores, conhecidos como “ultras”, em um ato explicitamente racista, penduraram um boneco negro com a camisa do Real numa ponte, na véspera do confronto entre as equipes. Como se a primeira violência não fosse o bastante, os torcedores também penduraram uma faixa “Madrid odeia o Real”. O Atlético repudiou o ato, e só. LA Liga e Federação Espanhola, que tentam sustentar a hipótese de que não há racismo na Espanha, repudiaram e não tomaram medidas. O Real Madrid pediu punição, mas sem manifestações incisivas, que cabiam no tamanho da instituição.
O Ministério Público informou que quatro pessoas foram acusadas por ameaças contra Vini e por violarem direitos fundamentais. De acordo com o órgão, o ato é um “sinal inequívoco de desprezo e repúdio à cor da pele da vítima e uma tentativa de minar sua paz de espírito”. Racismo, portanto.
Além da prisão, também foi proibido que os torcedores se aproximassem ou se comunicassem com atacantes do Real Madrid, além de serem banidos dos estádios das agremiações e uma indenização solidária de 6 mil euros. Desde o momento em que pisou na Espanha, Vinicius Júnior é vítima recorrente de atos racistas.
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