Renato Augusto dissera que no “jogo de xadrez” entre Corinthians e Fluminense nesta quinta-feira, na Neo Química Arena, ganharia quem errasse menos. O veterano meio-campista acertou em sua previsão e foi decisivo para o time alvinegro, mais eficiente, ir à final da Copa do Brasil. Ele marcou o primeiro gol da vitória por 3 a 0, selada com outros dois gols nos acréscimos, um de Giuliano e outro contra do ex-palmeirense Felipe Melo.
O Corinthians vai enfrentar o Flamengo na final, decidida em dois jogos em outubro, um na Neo Química Arena e o outro no Maracanã. Campeã em 1995, 2002 e 2009, a equipe de Vítor Pereira busca o tetra da Copa do Brasil, bem como o oponente rubro-negro. Os dois se encontram no mata-mata da Libertadores meses atrás e o Flamengo levou a melhor naquela oportunidade.
Numa noite fria na capital paulista, fez a diferença a favor do Corinthians o apoio da Fiel torcida. Mais de 45 mil ignoraram o clima gélido em Itaquera para apoiar a equipe, que se transforma na Neo Química Arena, onde tem aproveitamento superior a 70%. Lá, foi melhor do que o Fluminense na maior parte do jogo, sobretudo na primeira etapa.
Concentrado e organizado, o time anfitrião errou menos do que o Fluminense, que teve a saída de bola travada. Mesmo assim, a equipe de Fernando Diniz levou perigo com Arias e Matheus Martins. Ocorre que Cássio estava ligado e defendeu com segurança as duas tentativas dos cariocas.
Fábio também trabalhou. Róger Guedes tentou duas vezes, bem como Renato Augusto, que insistiu até ir às redes. O veterano não usou a força, mas a técnica, para vencer o goleiro tricolor. Ele colocou no canto esquerdo, com categoria, para abrir o placar aos 33 minutos.
O Fluminense tinha de voltar diferente para o segundo tempo, e assim o fez. Diniz escolheu trocar Wellington, um volante, por Nathan, um meia. Ele passou a ajudar Ganso na armação e tornou os cariocas mais criativos.
Embora estivessem cansados, na etapa final a partida foi uma espécie de trocação. O Fluminense, precisando ao menos do empate para decidir nos pênaltis, intensificou a pressão e chegou perto do empate com Arias em falta que explodiu na trave. O Corinthians respondeu nos contra-ataques, quase sempre com a participação de Renato Augusto e Roger Guedes. Yuri Alberto concluiu dois deles, um para fora e outro defendido por Fábio.
Diniz tentou ser inventivo e fez suas últimas apostas em Marrony e no ex-palmeirense Felipe Melo. O Flu tentou achar espaços, rodou a bola com paciência, mas foi incapaz de suplantar a defesa do Corinthians, que encontrou espaços e selou o triunfo com mais dois gols nos acréscimos. Giuliano fez o segundo após bonita trama coletiva e Felipe Melo, num lance de infelicidade, marcou contra.
FICHA TÉCNICA
CORINTHIANS 3 X 0 FLUMINENSE
GOLS: Renato Augusto, aos 33 do 1ºT; Giuliano, aos 45, e Felipe Melo (contra), aos 48 do 2º.
CORINTHIANS: Cássio; Fagner, Balbuena, Gil e Fábio Santos; Du Queiroz (Xavier), Fausto Vera e Renato Augusto (Giuliano); Mosquito (Adson), Róger Guedes (Mateus Vital) e Yuri Alberto (Lucas Piton). Técnico: Vítor Pereira.
FLUMINENSE: Fábio; Samuel Xavier (Michel Araújo), Nino, Manoel (Felipe Melo) e Caio Paulista (Marrony); Wellington (Nathan), Martinelli e Ganso; Matheus Martins (Willian), Arias e Cano. Técnico: Fernando Diniz.
JUIZ: Anderson Daronco (Fifa/RS).
AMARELOS: Nathan.
PÚBLICO: 45.558 torcedores.
RENDA: R$ 2.744.857,30.
LOCAL: Neo Química Arena.
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