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Jogos Olímpicos de Paris prometem nova ambição para 2024

Os organizadores das Olimpíada começam a exibir o espetáculo da cidade.

A mensagem não era sutil: a grandeza dos Jogos está voltando. Os organizadores da Olimpíada de Paris 2024 esta semana enfiaram jornalistas do mundo todo dentro de um ônibus para dar uma primeira olhada no progresso das locações, parte da longa preparação para o evento, ainda a vinte meses de distância. Uma das primeiras paradas: a Torre Eiffel, sob um dia de outono deslumbrante, para ver o local próximo ao pé do monumento onde será construída a sede temporária do vôlei de praia.

A partir daí, o passeio relâmpago seguiu para o novo centro aquático que abrigará a natação até as famosas quadras de saibro de Roland Garros, que receberão não apenas o tênis, mas também o boxe. Ao longo de toda a rota, cruzando de um lado para o outro do Sena, os organizadores fizeram inúmeras observações culturais e históricas sobre as coleções do Louvre, a reconstrução de Notre Dame e a renovação do Grand Palais. E é para o Sena que os organizadores planejam um dos lances mais ambiciosos de todos: uma cerimônia de abertura que não vai se limitar a um estádio, mas navegar em barcos e barcaças diante de centenas de milhares de espectadores nas margens do rio.

A mensagem não era sutil: a grandeza dos Jogos está voltando. Os organizadores da Olimpíada de Paris 2024 esta semana enfiaram jornalistas do mundo todo dentro de um ônibus para dar uma primeira olhada no progresso das locações, parte da longa preparação para o evento, ainda a vinte meses de distância. Uma das primeiras paradas: a Torre Eiffel, sob um dia de outono deslumbrante, para ver o local próximo ao pé do monumento onde será construída a sede temporária do vôlei de praia.


A partir daí, o passeio relâmpago seguiu para o novo centro aquático que abrigará a natação até as famosas quadras de saibro de Roland Garros, que receberão não apenas o tênis, mas também o boxe. Ao longo de toda a rota, cruzando de um lado para o outro do Sena, os organizadores fizeram inúmeras observações culturais e históricas sobre as coleções do Louvre, a reconstrução de Notre Dame e a renovação do Grand Palais. E é para o Sena que os organizadores planejam um dos lances mais ambiciosos de todos: uma cerimônia de abertura que não vai se limitar a um estádio, mas navegar em barcos e barcaças diante de centenas de milhares de espectadores nas margens do rio.

O cerne da mensagem ficava mais claro a cada parada: após climas sombrios e arenas vazias na Olimpíada de Tóquio, adiadas para 2021, e nos Jogos de Inverno de Pequim, realizados em fevereiro deste ano, dentro de uma bolha fechada contra o coronavírus, os Jogos de Paris prometem entregar o retorno dos retornos.

Ao longo de vários dias de briefings e reuniões, a maioria sem máscaras, o tema da pandemia quase não veio à tona. E o orgulho de poder mostrar uma cidade muito amada parecia quase palpável.

“Nós nos sentimos afortunados pela oportunidade e, vamos cruzar os dedos, pelos estádios cheios, porque isso é o mais importante para os atletas”, disse Étienne Thobois, executivo-chefe do comitê organizador de Paris 2024, em entrevista. “Cenário fantástico e infraestrutura fantástica - foi isso que Tóquio conseguiu proporcionar. Mas aqui esperamos ter a oportunidade de dar as boas-vindas ao mundo todo.”

No entanto, também está claro que os organizadores vão enfrentar algumas ansiedades. À medida que as preocupações com a pandemia diminuem, pelo menos por enquanto, estão se intensificando as preocupações mais típicas, mas não menos assustadoras, em torno da Olimpíada: segurança, tráfego, interrupções de todos os tipos.

Veja, por exemplo, o plano para a cerimônia de abertura no Sena, a vitrine que pode dar a esses Jogos sua imagem indelével - e ao Comitê Olímpico Internacional sua maior dor de cabeça.

Rompendo com a longa tradição de realizar a cerimônia de abertura no estádio principal da Olimpíada, Paris planeja colocar os 10.500 atletas, ou pelo menos os milhares que escolherem participar da cerimônia, em uma flotilha de 160 barcos rio abaixo. O desfile náutico das nações pretende simbolizar a abertura e celebrar as vistas famosas da cidade - e o presidente Emmanuel Macron o endossou. Tirar o plano do papel, no entanto, é uma outra questão.

Thomas Collomb, alto funcionário de segurança do comitê organizador, disse em entrevista por telefone que os organizadores estão trabalhando “de mãos dadas” com os governos da França e de Paris, a polícia e outras autoridades, para desenvolver um plano para a cerimônia e a segurança na Olimpíada em geral. “Estamos nos preparando para todos os cenários”, disse ele. “Precisamos ser humildes e inovadores para enfrentar todos os desafios.”

Collomb disse, por exemplo, que os organizadores estavam recrutando milhares de seguranças para complementar o trabalho da polícia. Os primeiros serão responsáveis pela segurança das instalações dos Jogos, com a segunda policiando os espaços públicos.

Ainda assim, surgiram dúvidas sobre o nível de preparação após à caótica final da Liga dos Campeões de futebol, perto de Paris, apenas alguns meses atrás. O aumento da inflação pode aumentar o preço da Olimpíada. E os auditores oficiais estão se preparando para divulgar ainda este ano um relatório que, nos primeiros rascunhos, sugeriu que o ritmo dos preparativos estava lento e o orçamento continuava mal definido para o “considerável desafio de segurança”, segundo relatos da mídia francesa.

O relatório sugeriu, por exemplo, que o número de barcos da cerimônia de abertura seja reduzido e disse que “qualquer evento mal administrado que ocorra durante o período olímpico e coloque em risco a segurança dos cidadãos e visitantes” poderá “manchar não apenas a imagem dos Jogos, mas também a da França no cenário internacional.”

Além de tudo isso, também temos a tradição francesa de greves e outras rupturas trabalhistas. Thobois disse que os organizadores estão trabalhando em estreita colaboração com os sindicatos em um pacto para evitar que a Olimpíada seja uma moeda de troca, cientes de que parte do caos em torno da final da Liga dos Campeões em maio foi resultado de uma greve paralisante em uma das principais linhas de transporte urbano da cidade no dia do jogo. Essas linhas transportam milhões de pessoas por Paris todos os dias e são um grande componente dos planos de logística e transporte da Olimpíada.

A mensagem não era sutil: a grandeza dos Jogos está voltando. Os organizadores da Olimpíada de Paris 2024 esta semana enfiaram jornalistas do mundo todo dentro de um ônibus para dar uma primeira olhada no progresso das locações, parte da longa preparação para o evento, ainda a vinte meses de distância. Uma das primeiras paradas: a Torre Eiffel, sob um dia de outono deslumbrante, para ver o local próximo ao pé do monumento onde será construída a sede temporária do vôlei de praia.

A partir daí, o passeio relâmpago seguiu para o novo centro aquático que abrigará a natação até as famosas quadras de saibro de Roland Garros, que receberão não apenas o tênis, mas também o boxe. Ao longo de toda a rota, cruzando de um lado para o outro do Sena, os organizadores fizeram inúmeras observações culturais e históricas sobre as coleções do Louvre, a reconstrução de Notre Dame e a renovação do Grand Palais. E é para o Sena que os organizadores planejam um dos lances mais ambiciosos de todos: uma cerimônia de abertura que não vai se limitar a um estádio, mas navegar em barcos e barcaças diante de centenas de milhares de espectadores nas margens do rio.

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O cerne da mensagem ficava mais claro a cada parada: após climas sombrios e arenas vazias na Olimpíada de Tóquio, adiadas para 2021, e nos Jogos de Inverno de Pequim, realizados em fevereiro deste ano, dentro de uma bolha fechada contra o coronavírus, os Jogos de Paris prometem entregar o retorno dos retornos.

Ao longo de vários dias de briefings e reuniões, a maioria sem máscaras, o tema da pandemia quase não veio à tona. E o orgulho de poder mostrar uma cidade muito amada parecia quase palpável.

“Nós nos sentimos afortunados pela oportunidade e, vamos cruzar os dedos, pelos estádios cheios, porque isso é o mais importante para os atletas”, disse Étienne Thobois, executivo-chefe do comitê organizador de Paris 2024, em entrevista. “Cenário fantástico e infraestrutura fantástica - foi isso que Tóquio conseguiu proporcionar. Mas aqui esperamos ter a oportunidade de dar as boas-vindas ao mundo todo.”

Paris promete incluir o Rio Sena na festa de abertura dos Jogos de 2024 Foto: Doug Mills/The New York Times

No entanto, também está claro que os organizadores vão enfrentar algumas ansiedades. À medida que as preocupações com a pandemia diminuem, pelo menos por enquanto, estão se intensificando as preocupações mais típicas, mas não menos assustadoras, em torno da Olimpíada: segurança, tráfego, interrupções de todos os tipos.

Veja, por exemplo, o plano para a cerimônia de abertura no Sena, a vitrine que pode dar a esses Jogos sua imagem indelével - e ao Comitê Olímpico Internacional sua maior dor de cabeça.

Rompendo com a longa tradição de realizar a cerimônia de abertura no estádio principal da Olimpíada, Paris planeja colocar os 10.500 atletas, ou pelo menos os milhares que escolherem participar da cerimônia, em uma flotilha de 160 barcos rio abaixo. O desfile náutico das nações pretende simbolizar a abertura e celebrar as vistas famosas da cidade - e o presidente Emmanuel Macron o endossou. Tirar o plano do papel, no entanto, é uma outra questão.

Thomas Collomb, alto funcionário de segurança do comitê organizador, disse em entrevista por telefone que os organizadores estão trabalhando “de mãos dadas” com os governos da França e de Paris, a polícia e outras autoridades, para desenvolver um plano para a cerimônia e a segurança na Olimpíada em geral. “Estamos nos preparando para todos os cenários”, disse ele. “Precisamos ser humildes e inovadores para enfrentar todos os desafios.”

Collomb disse, por exemplo, que os organizadores estavam recrutando milhares de seguranças para complementar o trabalho da polícia. Os primeiros serão responsáveis pela segurança das instalações dos Jogos, com a segunda policiando os espaços públicos.

Ainda assim, surgiram dúvidas sobre o nível de preparação após à caótica final da Liga dos Campeões de futebol, perto de Paris, apenas alguns meses atrás. O aumento da inflação pode aumentar o preço da Olimpíada. E os auditores oficiais estão se preparando para divulgar ainda este ano um relatório que, nos primeiros rascunhos, sugeriu que o ritmo dos preparativos estava lento e o orçamento continuava mal definido para o “considerável desafio de segurança”, segundo relatos da mídia francesa.

O relatório sugeriu, por exemplo, que o número de barcos da cerimônia de abertura seja reduzido e disse que “qualquer evento mal administrado que ocorra durante o período olímpico e coloque em risco a segurança dos cidadãos e visitantes” poderá “manchar não apenas a imagem dos Jogos, mas também a da França no cenário internacional.”

Além de tudo isso, também temos a tradição francesa de greves e outras rupturas trabalhistas. Thobois disse que os organizadores estão trabalhando em estreita colaboração com os sindicatos em um pacto para evitar que a Olimpíada seja uma moeda de troca, cientes de que parte do caos em torno da final da Liga dos Campeões em maio foi resultado de uma greve paralisante em uma das principais linhas de transporte urbano da cidade no dia do jogo. Essas linhas transportam milhões de pessoas por Paris todos os dias e são um grande componente dos planos de logística e transporte da Olimpíada.

“Não estamos completamente a salvo de uma interrupção semelhante”, disse Marc Pélissier, presidente de uma associação de usuários de transporte público na região de Paris.

É claro que a Olimpíada ainda está a quase dois anos de distância, um fator que os organizadores relembraram repetidas vezes em resposta a perguntas de repórteres internacionais nesta semana - perguntas que cobriam tudo, desde acomodações em hotéis até acesso à internet e transporte na megalópole. “Temos milhares de problemas para resolver todos os dias”, disse Thobois.

Mas, acrescentou ele, “nosso maior desafio é manter a ambição, é manter o sonho vivo, é permitir que as pessoas façam parte desse sonho e vão além das dificuldades para se manterem fortes na ambição”

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