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Neymar tem depoimento na Espanha antecipado para esta terça-feira

Atacante responde processo por acusações de corrupção e fraude no ato de sua transferência do Santos.

Neymar irá depor nesta terça-feira, na Espanha, por acusações de corrupção e fraude em sua transferência do Santos para o Barcelona, em 2013. Inicialmente previsto para a próxima sexta-feira, o depoimento do atacante do Paris Saint-Germain foi antecipado para não conflitar com a agenda de jogos da equipe parisiense.

Nessa segunda-feira, no primeiro dia de julgamento, que deve se estender até o fim do mês, Neymar compareceu ao tribunal, mas foi dispensado pelo juiz José Manuel Del Amo Sanchez para voltar a Paris, após sua defesa argumentar que o atacante necessitava de descanso depois da partida de domingo pelo PSG, na França.


O jogador brasileiro e seu pai enfrentam acusações do Grupo DIS, que detinha 40% dos direitos econômicos do atleta na época em que ele deixou o Santos rumo ao Barcelona, em 2013. A venda foi anunciada por 17,1 milhões de euros e a empresa recebeu uma fatia de 6,84 milhões de euros. Depois disso, o Barcelona informou que o valor real da transação foi de 57 milhões de euros, e a diferença de quase 40 milhões de euros foi depositada para a empresa N&N, em nome dos pais de Neymar.

Após investigação, o Barcelona revelou o contrato feito com Neymar. Os documentos mostravam um valor ainda maior do que o divulgado anteriormente: 86,2 milhões de euros, englobando pontos como luvas, um repasse ao Instituto Neymar Júnior e comissões ao pai do atacante. A DIS, portanto, conclama que deveria ter recebido 34,5 milhões de euros e pede reparação na Justiça.

O caso, enquadrado pelo judiciário espanhol como corrupção entre particulares, pode render dois anos de prisão para Neymar, como pede o Ministério Fiscal da Espanha. A defesa do jogador aponta que a conduta não é considerada crime no Brasil e que, por isso, ele não poderia ser punido. Também em julgamento, Sandro Rosell, presidente do Barcelona na época da transação, está sujeito a pena de cinco anos de prisão e multa de 10 milhões de euros.

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