O Palmeiras aprovou nesta sexta-feira o balanço financeiro do ano de 2020. O Conselho de Orientação e Fiscalização (COF) votou e decidiu por 9 a 7 aceitar as contas apresentadas pela gestão do presidente Mauricio Galiotte. O clube registrou no último ano o déficit de R$ 151 milhões, número que já era esperado por causa do impacto financeiro causado pela pandemia do novo coronavírus.
No entender do clube, o déficit se explica principalmente pela perda de receita com a bilheteria por causa dos jogos com portões fechados e redução de cotas de TV, fruto da interrupção do calendário por quatro meses. Outros fatores foram a variação cambial, que elevou drasticamente as parcelas de algumas operações, e a necessidade de se montar uma reserva para prováveis gastos. Um desses casos, por exemplo, é uma ação movida pelo meia Wesley, que passou pelo clube de 2012 a 2015.
A diretoria avalia que diante dos impactos da pandemia, o déficit poderia até ser maior. O Palmeiras considera que novamente terá um ano bem difícil para as finanças, justamente pela falta de verbas com bilheteria e o programa de sócio-torcedor. Em uma estimativa conservadora, o clube projeta terminar 2021 com receita de R$ 607 milhões e um superávit de R$ 10 milhões.
Apesar dos títulos e das boas campanhas nesta temporada, alguns dos valores dessas competições serão contabilizadas só no exercício de 2021 do orçamento e não entram nesta conta votada pelo COF. Um exemplo disso é a própria participação no Mundial de Clubes. O quarto lugar no Catar rendeu R$ 13 milhões ao clube. A competição valeu pela temporada 2020, mas foi disputada em fevereiro e só será registrada no balanço alviverde de 2021.
Para o ano atual, o Palmeiras pretende manter o planejamento. A equipe não quer se desfazer das principais revelações, mesmo diante das propostas vindas da Europa para jogadores jovens como Gabriel Veron, Patrick de Paula e Gabriel Menino. Assim como feito em 2020, a diretoria não pretende demitir funcionários para cortar custos.
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