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Juíza mantém prisões de Ronaldinho Gaúcho e irmão no Paraguai

A decisão foi tomada pela juíza Clara Ruiz Díaz, após a realização de uma audiência de custódia.

A juíza Clara Ruiz Díaz determinou neste sábado a manutenção das prisões preventivas de Ronaldinho Gaúcho e de Assis, seu irmão e empresário, pelo envolvimento em um caso de falsificação de documentos. Eles permanecerão detidos no complexo da Agrupação Especializada da Polícia Nacional do Paraguai, onde passaram a última noite em uma cela após pedido de detenção pela Procuradoria Geral.

A decisão foi tomada após a realização de uma audiência de custódia, para a qual os ex-jogadores chegaram algemados, sendo que o pentacampeão mundial pela seleção brasileira utilizava uma camiseta para cobrir as mãos. A juíza atendeu ao pedido do Ministério Público, através do promotor da unidade especializada de delitos econômicos Osmar Legal, para o temeroso do risco de fuga de Ronaldinho e Assis - a defesa dos ex-jogadores havia sugerido a adoção do regime de prisão domiciliar.


Os dois acusados passaram a noite presos na Agrupação Especializada da Polícia Nacional do Paraguai por decisão da procuradora-geral do Estado Sandra Quiñonez. O magistrado disse que ambos deveriam permanecer no país durante a investigação, embora tenha lembrado que a lei paraguaia estabelece um prazo máximo de seis meses para casos de prisão preventiva.

A defesa de Ronaldinho e seu irmão, acusados de uso de documentos falsos, apresentou um recurso contra a decisão do juiz Mirko Valinotti de não dar o "critério de oportunidade", que considera que eles foram enganados. O magistrado negou o pedido de saída processual por parte dos promotores Federico Delfino e Alicia Sapriza. Além disso, os advogados alegaram que não respeitaram os dias úteis para que eles executem os procedimentos.

O grupo de quatro advogados também interpôs recurso contra a data da audiência, que começou depois das 10 horas deste sábado. Finalmente também disponibilizaram à juíza Clara Ruiz Díaz um endereço em Assunção para que possa ordenar a prisão domiciliar dos ex-jogadores. No entanto, nenhum desses argumentos funcionou para reverter a decisão.

O promotor também solicitou a prisão da Dalia López, empresária paraguaia responsável pelo convite para Ronaldinho viajar ao Paraguai para a participação de eventos nesta semana. Antes, Wilmondes Sousa Lira, brasileiro de 45 anos, foi preso pela polícia pela acusação de ter fornecido os passaportes falsos aos ex-jogadores.

O caso se desdobra desde a noite de quarta-feira, quando o ex-jogador e seu irmão e empresário foram alvos de busca da polícia do Paraguai no quarto de hotel em que estavam pelo uso de uma identidade e um passaporte paraguaios, ambos falsos.

Na quinta-feira, o Ministério Público do país havia decidido não abrir processo formal contra Ronaldinho e Assis. Na sexta, porém, o juiz Mirko Valinotti, do Juizado Penal de Garantias de Assunção, não aceitou a recomendação e deu 10 dias para a promotoria investigar o caso e dar o parecer definitivo.

Com isso, o caso foi para a Procuradoria Geral, que pediu a prisão preventiva do pentacampeão com a seleção brasileira na Copa do Mundo de 2002, e de Assis, que atua como seu empresário. A prisão aconteceu quando os dois haviam trocado de hotel em Assunção.

Na sexta, antes da prisão, o promotor Federico Delfino chegou a declarar que os investigadores detectaram que o pedido de naturalização paraguaia de Ronaldinho e o irmão foi registrado no Departamento de Migração do Paraguai. O ex-jogador e seu irmão declararam que não solicitaram esse procedimento e o Ministério Público, então, investigará um possível esquema de falsificação de documentos que envolve funcionários públicos e pessoas do setor privado.

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