O Procurador Geral do Estado do Paraguai ordenou a prisão do ex-jogador Ronaldinho Gaúcho e seu irmão e representante Roberto Assis por usar documentos falsos. Por volta das 20h45 da sexta-feira (horário de Assunção e de Brasília), a Polícia Nacional do Paraguai anunciou a prisão do ex-jogador de futebol e de seu irmão. Dessa maneira, as agências policiais paraguaias cumpriram um mandado emitido pela Procuradoria Geral da República.
Ronaldinho e Assis estavam no Sheraton Hotel em Assunção, de propriedade do ex-presidente paraguaio Horacio Cartes; localizado a poucos minutos do Aeroporto Internacional Silvio Pettirossi. Ambos aguardavam o momento de partir para o terminal do aeroporto deixar o Paraguai, de acordo com as versões divulgadas pela Polícia do Paraguai.
Pouco antes, o juiz Mirko Valinotti, do Tribunal Penal de Garantias da Décima Volta de Assunção, havia decidido rejeitar a abordagem adotada pelo Ministério Público. Essa decisão do magistrado forçou o caso contra os dois a permanecerem abertos ao uso de documentos paraguaios de conteúdo falso.
O juiz Valinotti decidiu que Ronaldinho e seu irmão continuariam sendo investigados no caso de produção de documentos falsos. Os promotores Federico Delfino e Alicia Sapriza, encarregados de investigar o suposto uso de documentos de conteúdo falso pelos irmãos Assis, solicitaram uma saída processual, considerando que os irmãos não estavam diretamente envolvidos no evento, mas o juiz decidiu deixá-los nas mãos da resolução do caso pelo Procurador-Geral.
Valinotti disse que Ronaldinho e Assis poderiam deixar o país se quisessem, pois nem sequer foram acusados ??e não havia medidas cautelares contra eles. Rapidamente, a Procuradoria Geral da República enviou uma retificação do pedido de suspensão do processo. O procurador-geral adjunto, Jorge Sosa, solicitou que o caso permanecesse aberto e que Ronaldinho e Assis continuassem apensos ao processo.
Imputado e com prisão preventiva
Omar Legal, promotor da Unidade Especializada de Combate à Lavagem de Dinheiro, foi apontado como a nova pessoa encarregada de levar adiante o caso. Segundo a assessoria de imprensa do Ministério Público do Paraguai, a prisão dos dois irmãos foi realizado em conjunto com agentes da Polícia Nacional.
O Procurador Jurídico acusou o ex-jogador de futebol e seu irmão por usar um documento público de conteúdo falso e solicitou a medida cautelar da Prisão Preventiva.
Detidos na unidade policial
Segundo relatos da mídia local, Ronaldinho e Assis foram encaminhados ao Grupo Especializado. A dependência da Polícia Nacional de que em tempos da ditadura militar era usada como centro de tortura e que nos anos da democracia se tornou uma espécie de prisão combinada entre luxos e alta segurança. Eles chegaram lá por volta das 22h03 a bordo de uma van da Polícia Nacional e acompanhados por uma escolta forte.
No local em que são presos, por exemplo, membros do Primeiro Comando da Capital (PCC) e dois deputados paraguaios, um processado por suposto enriquecimento ilícito e outro por suposta lavagem de dinheiro ligada ao tráfico de drogas.
Advogados não queriam conversar
Alcides Cáceres Ibarra e Adolfo Marín, ambos advogados de Ronaldinho, acompanharam seus clientes na chegada à prisão. Ao sair, pouco e nada comentou à mídia que esperava notícias.
Ambos se limitaram a confirmar que seus clientes já estavam lá dentro e que ainda não conseguiram obter mais detalhes da situação processual porque foram simplesmente notificados do pedido de detenção preventiva e ainda não conseguiram observar os detalhes do arquivo.
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